Jovens adultos encontram apoio na família escolhida e comunidade LGBTQ+
Em 2023, um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que as crianças ao redor do mundo estão crescendo com cada vez menos primos, o que pode ter um impacto significativo na dinâmica familiar. A principal razão está na tendência de diminuição do tamanho das famílias nucleares, o que pode levar a uma mudança nas relações entre os membros da família.
Além disso, a diminuição do tamanho das famílias também pode afetar as relações de sangue e o parentesco entre os membros da família, levando a uma perda de contato com os parentes. Isso pode ser um problema, pois as famílias desempenham um papel importante na educação e no desenvolvimento das crianças, e a falta de interação com os parentes pode ter consequências negativas para a saúde mental e física das crianças. É fundamental que as famílias sejam apoiadas e fortalecidas para garantir o bem-estar das crianças e dos membros da família. A união da família é essencial para superar os desafios e construir um futuro melhor para todos. A importância da família não pode ser subestimada, e é necessário que sejam tomadas medidas para proteger e preservar as relações familiares.
Introdução à Estrutura da Família
A estrutura da família está passando por uma transformação significativa, impulsionada pelas mudanças nas taxas de natalidade e pela forma como as gerações mais jovens, como os millennials e a geração Z, estão redefinindo as dinâmicas familiares. O conceito de família escolhida, que surgiu dentro da comunidade LGBTQ+, tem ganhado popularidade, especialmente entre aqueles que buscam uma sensação de comunidade e apoio que tradicionalmente era oferecida pela família biológica. A família, portanto, está se tornando um conceito mais amplo e flexível, abrangendo não apenas os laços de parentesco, mas também as relações de sangue e as conexões emocionais.
A antropóloga Kath Weston destaca que o termo ‘família escolhida’ se refere aos laços estreitos que pessoas queer e trans construíam com amigos ou parceiros quando eram rejeitadas por suas famílias de origem. Essa noção de família escolhida tem se expandido, tornando-se uma opção viável para aqueles que buscam uma rede de apoio e uma sensação de pertencimento. A família, nesse contexto, não é mais limitada aos parentes biológicos, mas sim se estende para incluir amigos e companheiros que compartilham valores e experiências semelhantes.
A Importância da Família Extensa
A família extensa, que inclui primos, tios, avós e outros parentes, tem sido uma parte importante da estrutura familiar em muitas culturas. No entanto, com a queda nas taxas de natalidade e o aumento da mobilidade geográfica, a família extensa está se tornando menos comum. De acordo com estudos, entre os anos 2000 e 2025, uma mulher de 65 anos na América Latina tinha, em média, mais de 60 parentes vivos. No entanto, para 2050, essa estimativa cai para menos de 40 parentes vivos. Essa tendência é ainda mais acentuada na Europa e na América do Norte, onde se prevê que o número de parentes vivos fique abaixo de 20.
A redução dos círculos familiares está levando a uma mudança de paradigma cultural e social, onde a família, como instituição, está sendo redefinida. A família escolhida, nesse contexto, oferece uma alternativa viável para aqueles que buscam uma rede de apoio e uma sensação de pertencimento. A comunidade LGBTQ+, por exemplo, tem sido uma das principais promotoras do conceito de família escolhida, destacando a importância das relações de sangue e do parentesco em uma sociedade cada vez mais diversa.
O Declínio dos Primos e a Ascensão da Família Escolhida
Com o passar das gerações, as relações familiares estão se transformando. Muitas pessoas hoje vivem longe de seus parentes, seja por motivos de trabalho ou estudo. Alguns pesquisadores afirmam que as árvores genealógicas estão se tornando gradualmente ‘caules de feijão: altos e estreitos’. Embora o aumento da expectativa de vida permita que várias gerações convivam ao mesmo tempo, os laços ‘laterais’ — como os de primos e irmãos — têm se enfraquecido devido à menor taxa de natalidade e à distância geográfica.
Nesse contexto, a família escolhida está se tornando uma opção cada vez mais popular, especialmente entre os membros da geração Z e dos millennials. Ainsley Hawthorn destaca que essas famílias oferecem uma comunidade e uma rede de apoio para quem tem poucos parentes biológicos ou cujos familiares vivem longe. Essas pessoas passam tempo juntas, celebram datas importantes e, por vezes, se tornam uma fonte de apoio emocional e financeiro. A família, portanto, está se tornando um conceito mais amplo e flexível, abrangendo não apenas os laços de parentesco, mas também as relações de sangue e as conexões emocionais.
Fonte: @ Minha Vida
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