A Abic alerta sobre produtos com componentes não cafeeiros vendidos como café, envolvendo a cadeia produtiva do café e a comercialização de produtos.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) alertou as autoridades sobre a venda de produtos que utilizam o termo ‘sabor café’, mas que não contêm o produto genuíno. A entidade classificou essa prática como uma fraude direta ao consumidor, que pode ser enganado ao adquirir itens que não correspondem ao que é prometido. Essa situação gera desconfiança e prejudica a credibilidade do setor.
Além disso, a Abic destacou que a fraude pode envolver processos de falsificação, nos quais substâncias são adicionadas para simular o sabor e o aroma do café. Essa ilegalidade não apenas viola as normas de qualidade, mas também coloca em risco a saúde dos consumidores. É essencial que medidas rigorosas sejam tomadas para coibir essas práticas.
Denúncia de Fraude no Setor Cafeeiro
Segundo Pavel Cardoso, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a entidade já encaminhou notificações ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre casos de fraude no setor. Além disso, a Abic comunicou parceiros estratégicos, como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) e associações estaduais do ramo supermercadista. Cardoso ressaltou que a fraude tem sido um problema crescente, especialmente em São Paulo, onde a Abic alertou a Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Riscos à Saúde e Engano ao Consumidor
A principal preocupação da Abic é que produtos adulterados estão sendo comercializados como café, mas contêm substâncias que não pertencem à composição original do produto. ‘O que eles chamam de polpa de café é, na verdade, impureza. Isso configura um engano ao consumidor e um risco à saúde, já que não há registro desse produto na Anvisa’, alertou Cardoso. Ele destacou que a falsificação desses itens prejudica não apenas os consumidores, mas também a cadeia produtiva do café, que envolve mais de 330 mil produtores e 1.300 indústrias no Brasil.
Impactos Econômicos e Reputacionais
A fraude no setor cafeeiro não afeta apenas a economia nacional, mas também a reputação do Brasil no mercado global. Cardoso enfatizou que o país, responsável por 40% da produção mundial de café, sofre danos significativos com práticas de ilegalidade. ‘Essa falsificação desrespeita o trabalho árduo de milhares de produtores e indústrias que buscam entregar qualidade. É um desserviço à população e uma imagem muito ruim para o país’, afirmou. A Abic reforçou a necessidade de ações conjuntas entre o Ministério da Agricultura, a Anvisa e a Associação Brasileira de Supermercados para combater essas práticas.
Combate à Ilegalidade na Cadeia Produtiva
A entidade também destacou que a ilegalidade na comercialização de produtos falsificados prejudica diretamente a cadeia produtiva do café. Cardoso ressaltou que a fraude não apenas engana os consumidores, mas também coloca em risco a saúde pública, já que os produtos adulterados não passam pelos controles de qualidade exigidos pela Anvisa. A Abic continua monitorando o mercado e reforçando parcerias com órgãos reguladores e entidades do setor para garantir a integridade da comercialização de produtos cafeeiros no Brasil.
Com informações de Estadão Conteúdo (Leandro Silveira). Imagem: Shutterstock.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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