Para garantir segurança em unidades de saúde brasileiras, sociedade, governo e instituições devem trabalhar juntos. Acaso ou descaso, sobrecargas pressentem estatísticas de impactos e números de anos de custos hospitalares por cirurgias e reabilitações. Alta resolução estudar erros, Polícia Rodoviária Federal e conscientização cultura mentalidade trânsito são necessários.
A cada dia que passa, os noticiários nos alertam para a gravidade dos acidentes de trânsito em nossas cidades, evidenciando a urgência de medidas para prevenção e segurança nas vias. As estatísticas revelam um aumento preocupante no número de acidentes de trânsito, impactando não apenas as vítimas diretamente envolvidas, mas também toda a sociedade.
Além dos acidentes rodoviários que assolam nossas estradas, os sinistros de trânsito nas áreas urbanas também demandam atenção especial. A prevenção e a conscientização são fundamentais para reduzir a incidência de acidentes de trânsito e preservar vidas. É essencial que as autoridades e a população se unam em prol de um trânsito mais seguro e responsável, visando evitar tragédias e aliviar a sobrecarga nos hospitais que lidam com as consequências desses eventos.
Impacto dos Acidentes de Trânsito na Saúde Pública
Até o momento considerados distantes e meramente estatísticos, os sinistros de trânsito têm se aproximado cada vez mais de uma grande parcela da população com o aumento dos números nos últimos anos. Essas tragédias se destacam como uma das principais causas de morte no Brasil, impondo uma carga adicional às unidades de saúde já sobrecarregadas. Um cenário que ressalta a urgente necessidade de mudanças para reduzir o impacto dessas ocorrências na saúde pública. Os números não mentem. De acordo com dados do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), as lesões e a violência relacionadas ao trânsito são classificadas como a terceira principal causa de morte da população brasileira.
Só em 2023, onze pessoas perderam a vida diariamente nas rodovias federais do país devido a acidentes rodoviários. Essa estatística impactante não apenas evidencia a magnitude do problema, mas também ressalta a necessidade de medidas eficazes para enfrentar essa questão de saúde pública que ceifa tantas vidas e deixa outras centenas de milhares com sequelas permanentes. Para além do impacto emocional devastador para as famílias afetadas, os acidentes de trânsito acarretam um ônus econômico considerável. Os custos associados a leitos hospitalares ocupados, cirurgias de emergência e reabilitação são elevados e acabam sobrecarregando o sistema de saúde.
Apenas no Paraná, os acidentes de trânsito resultaram em um custo de R$ 36 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS) ao longo dos anos de 2022 e 2023. Um montante que seria suficiente para financiar, por exemplo, três novas unidades de alta resolutividade, que disponibilizam equipamentos modernos, consultas, exames e algumas cirurgias. Acidentes não ocorrem por acaso, mas sim por descaso. Essa é a realidade das estatísticas. Nove em cada dez mortes nas rodovias federais foram causadas por falhas humanas ao longo de 2022, conforme concluiu um estudo realizado pela Associação Brasileira de Médicos do Tráfego (Abramet), com dados da Polícia Rodoviária Federal.
Com isso em mente, é fácil compreender quais são os principais motivos por trás de tantas vítimas no país. Excesso de velocidade, consumo de álcool e distrações provocadas pelo uso do celular são alguns dos fatores que necessitam ser abordados. Ao volante, estão indivíduos suscetíveis a erros. E o que falta é conscientização. É hora de agir e reconhecer a urgência de uma mudança profunda em nossa cultura e mentalidade em relação ao trânsito. Se não fossem os altos custos das internações hospitalares por lesões nas estradas, esses recursos poderiam ser direcionados para a prevenção e conscientização dos condutores. A educação, aliada à fiscalização rigorosa e aos investimentos em infraestrutura, poderia combater esse cenário preocupante. Não podemos mais aceitar passivamente a violência no trânsito como algo inevitável. Veículos não devem ser utilizados como armas. O esforço conjunto da sociedade, do poder público e das autoridades competentes é fundamental para reduzir a incidência de acidentes de trânsito e preservar vidas.
Fonte: @ Veja Abril
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