Possível aumento dos dividendos pela companhia nos próximos anos, incluindo pagamento trimestral, controle de alavancagem e geração de lucro.
As ações da Eletrobras (ELET3) continuam a ganhar força nas Bolsas de Valores brasileiras, graças aos avanços nas negociações de seus investimentos e ao aumento das receitas geradas pelas operações em todo o país. O pagamento dos dividendos, recentemente anunciado pela empresa, demonstra a mudança na política de distribuição de lucros que a nova diretoria vem implementando, gerando a confiança dos investidores no aumento dos proventos futuros.
Desde o início do ano, os analistas financeiros observam que o desempenho da Eletrobras (ELET3) tem sido impactado positivamente pelas melhorias nas operações, inclusive o aumento das receitas, e pelos avanços na diversificação de seus investimentos. A equipe de análise do BTG Pactual destaca que o pagamento dos dividendos é um indicativo das alterações na política de distribuição de lucros que a diretoria está implementando, fortalecendo a confiança dos investidores em relação ao futuro dos proventos.
Dividendos da Eletrobras: crescimento projetado para os próximos anos
O Bradesco BBI destaca a possibilidade de pagamento de maiores dividendos pela Eletrobras nos próximos anos, com estimativas que ultrapassam R$ 6 bilhões por ano. Essa perspectiva se baseia no controle da alavancagem da empresa e no acordo, potencialmente melhor do que o esperado, com a União sobre poder de voto. Nesta segunda-feira (23), as ações da Eletrobras caíram 0,85% no pregão, com as cotas cotando a R$ 34,92.
Três analistas do BTG, Antonio Junqueira, Gisele Gushiken e Maria Resende, defendem que a Eletrobras deve adotar uma política de dividendos mais transparente, aumentando a previsibilidade dos pagamentos e fornecendo aos investidores uma visão mais clara dos indicadores utilizados. O banco destaca que a Eletrobras está estudando o pagamento de dividendos trimestrais, o que indica que a alavancagem não é uma preocupação significativa e que os resultados devem se tornar mais estáveis após um período de volatilidade pós-privatização.
O BTG Pactual mantém sua recomendação de compra para a Eletrobras, com o preço-alvo fixado em R$ 59 para as ações ordinárias. As ações da empresa caíram 0,57% na última atualização, cotando em R$ 35,03. Em um movimento anterior, o Bradesco BBI reduziu o preço-alvo das ações ordinárias da Eletrobras de R$ 69 para R$ 60, com um potencial de alta de 70,3% sobre o fechamento de sexta-feira (20). Além disso, o banco também ajustou o preço-alvo das ações preferenciais classe B (PNB) da Eletrobras de R$ 59 para R$ 55, com um potencial de alta de 37,9%, mantendo sua recomendação de compra.
Os analistas Francisco Navarrete, João Fagundes e Andre Silveira do Bradesco BBI ainda mantêm suas perspectivas positivas em relação à Eletrobras nos próximos trimestres. No entanto, os aumentos nos juros no Brasil podem impactar a geração de lucro da empresa em cerca de 9% em 2025 e 5% em 2026. Um ponto importante a ser considerado, de acordo com o banco, é que a diretoria pode preferir preservar liquidez ou realizar investimentos pontuais, o que poderia prejudicar o pagamento dos dividendos. No entanto, os analistas acreditam que suas estimativas são conservadoras e já levam esses cenários em consideração.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo