Valor Investe: Cobertura completa de agenda econômica brasileira e externa. Dados e indicadores, incluindo inflação, juros, PIB e IPCA. Análises da visão de mercado brasileiro. Estimativas do ministro da Fazenda e do Planejamento e Orçamento. Boletim semanal, Saí aos 8h25. Agentes de mercado debatem cortes no Selic, visando não deixar real desvalorizado. Estimativas de projeções e margens, espaço para cortes. Olhar em Brasília: ministros participam do 8º Congresso do Contencioso Tributário.
Mais uma semana repleta de dados econômicos está chegando, e os investidores estão atentos ao desempenho dos mercados financeiros. A expectativa gira em torno do impacto que os juros terão nas decisões de investimento.
Além dos dados econômicos, a volatilidade do mercado também tem sido influenciada pelas taxas de juros do Fed. Os analistas estão atentos às movimentações para antecipar possíveis cenários e ajustar suas estratégias de acordo com as tendências.
Indicadores de inflação nos Estados Unidos e as projeções para cortes nas taxas do Fed
de mercado devem reforçar ou minar de vez as projeções para dois cortes nas taxas do Federal Reserve (Fed, banco central americano). A elevada incerteza sobre as pressões inflacionárias tem feito os cenários oscilarem consideravelmente nos últimos meses, o que também afeta o horizonte para queda da Selic por aqui. A projeção atual é de dois cortes nas taxas do Fed, mas com uma margem bastante desconfortável, graças às últimas sinalizações de dirigentes da autoridade monetária americana.
As apostas para um corte na reunião de setembro ou na de novembro estão até mais certas, a visão de um segundo corte na reunião de dezembro, no entanto, é que parece menos convincente ao mercado – 35,3% dos agentes acreditam neste cenário, contra 35% que veem manutenção dos juros no intervalo entre 5% e 5,25% após a primeira queda. Esta é a bússola para a política monetária no resto do mundo hoje.
Se houver mais garantias da queda dos juros nos EUA este ano, o Banco Central (BC) do Brasil ganharia espaço para cortar a Selic sem que o mercado doméstico seja afetado pelo desequilíbrio cambial provocado pela fuga de dólares. A missão é não deixar o real se desvalorizar muito ante o dólar, porque isso, sim, traria efeitos inflacionários mais perenes e devastadores à economia.
Mas ainda há muitas questões que precisam ser respondidas, e parte dessas respostas podem residir nos dados desta semana.
Calendário: Segunda-feira (13/5)
Segunda é dia do Boletim Focus semanal, que deve refletir a visão do mercado brasileiro para IPCA, juros e PIB. O documento sai às 8h25 e o Valor Investe solta a cobertura logo na sequência para você entender, tim-tim por tim-tim, todo o economês do documento.
Já na última sexta-feira, agentes de mercado elevaram suas estimativas para a inflação de prazos mais distantes (2025, 2026 e 2027), diante do aumento da desconfiança em torno da condução futura da política monetária no Brasil após a divisão do Copom.
De olho em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve participar, às 14h, do 8º Congresso do Contencioso Tributário da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em Brasília. No mesmo dia, ele realiza reuniões com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para tratar da próxima edição do Plano Safra, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, para tratar de prevenção a desastres.
Há possibilidade de Haddad participar do anúncio no Palácio do Planalto do projeto que trata da dívida do Rio Grande do Sul com a União. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, tem viagem prevista para o Amapá com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para tratar das rotas de integração com países da região. Ao longo da semana, deve ir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Chile.
Terça-feira (14/5)
Um dos eventos mais importantes do calendário econômico
Fonte: @ Valor Invest Globo
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