O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deve ser designado como relator do inquérito que apura explosões da fachada do próprio STF e ataques com artefato, dentro do prédio, onde um celular apreendido foi usado.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deve ser designado como relator do inquérito que irá apurar as ataques que ocorreram na noite de quarta-feira (13/11) na Praça dos Três Poderes. O objetivo é apurar as causas desses ataques.
Com a designação de Alexandre de Moraes, o inquérito deve avançar com a investigação das ataques que atingiram a Praça dos Três Poderes, onde explosões foram registradas. O inquérito também visa esclarecer as ataques que atingiram a área próxima aos prédios do Congresso Nacional e da Corte Suprema, que também foram alvos dos ataques.
Atentado a Supremo: Alexandre de Moraes assume caso de explosões
Ministro reconhece que atentado ataques ao STF não é fato isolado, e sim, parte de uma rede de violência ataques, explosões; que se iniciou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Alexandre de Moraes será relator do inquérito que apura as explosões em Brasília.
Quarta-feira, por volta das 19h30, o candidato a vereador pelo PL, Francisco Wanderley Luiz, se aproximou da fachada do Supremo e colocou uma bomba na porta da fachada-supremo. Ele colocou outra bomba no chão e deitou sobre o artefato até a explosão. Um outro artefato explodiu dentro de um carro no estacionamento do anexo IV da Câmara dos Deputados.
O inquérito instaurado pela Polícia Federal vai apurar as explosões como um ato de artefato, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues. Em entrevista coletiva, Rodrigues afirmou que foram apreendidos outros artefatos explosivos que estariam em um imóvel alugado por Wanderley. O diretor-geral da PF também informou que um celular do homem foi celular-apreendido.
Alexandre já é relator de outro inquérito envolvendo ataques ao Supremo, o do 8 de janeiro de 2023, data em que bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília e depredaram os prédios. Alexandre disse que as explosões não devem ser vistas como fato isolado e tiveram origem no chamado ‘gabinete do ódio’, gabinete-do-ódio, criado na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
‘A ataques-superior não é fato isolado do contexto.O contexto se iniciou lá atrás, quando o gabinete-do-ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente, e contra a autonomia do Judiciário’, disse em evento do Conselho Nacional do Ministério Público.
A sessão do Plenário do Supremo Tribunal Federal desta quinta foi mantida. Os ministros devem comentar o caso.A entrada será restrita aos advogados das partes e à imprensa. O prédio do Supremo foi submetido na manhã desta quinta a uma vistoria e varredura por agentes da PF e da Polícia Militar. O funcionamento está suspenso até as 13h. A sessão começará às 14h.
Fonte: © Conjur
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