Juiz elogiou boa conduta para avançar em regime abertos: tempo de prisão reduzido, saídas temporárias, cumprimento de requisitos legais, acesso a benefícios de trabalhos e estudos, retirada da pena, condições do regime abertos.
No dia 6 de maio, Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato de sua filha Isabella em 2008, teve permissão para avançar para o regime aberto após 16 anos atrás das grades. O juiz de Direito José Loureiro Sobrinho foi quem tomou a decisão, levando em conta o período de pena já cumprido e o comportamento exemplar do réu. Essa notícia gerou bastante repercussão na mídia e entre a população, enquanto Nardoni se prepara para essa nova etapa de liberdade.
O caso de Alexandre Nardoni, condenado pela morte de Isabella, despertou debates sobre o sistema judiciário e a punição para crimes tão graves. Apesar da liberdade concedida, Nardoni terá que seguir as regras do regime aberto e provar que merece essa nova chance. A vida do réu e de sua família nunca mais será a mesma, tendo que lidar com as consequências de um passado trágico que ainda ecoa em suas vidas.
Condições para a progressão de Alexandre Nardoni para regime aberto
Após 16 anos de encarceramento, ocorreu um marco significativo na história de Alexandre Nardoni: a obtenção da progressão para o regime aberto, o que resultará em sua saída da prisão. O juiz responsável ressaltou que o ex-réu, condenado a 30 anos, atendeu aos requisitos legais para essa mudança. Alexandre Nardoni já estava em regime semiaberto desde 2019, totalizando mais da metade de sua pena cumprida.
Durante o tempo em que esteve atrás das grades, Nardoni conquistou 990 dias de remissão de pena devido ao seu bom desempenho em trabalhos e estudos. Sua conduta carcerária foi considerada exemplar, cumprindo com as diretrizes estabelecidas pelas autoridades prisionais. Além disso, ele desfrutou de saídas temporárias sem qualquer incidente, o que contribuiu para sua progressão.
As condições do regime aberto para Alexandre Nardoni
No regime aberto, Alexandre Nardoni terá que seguir uma série de condições rigorosas. Ele precisará se apresentar trimestralmente à vara de Execuções Criminais, encontrar um emprego em até 90 dias, permanecer em casa das 20h às 06h, não mudar de endereço sem autorização judicial e evitar frequentar locais como bares e casas de jogos.
A decisão do magistrado abre um novo capítulo na saga envolvendo o trágico caso de Alexandre Nardoni, que culminou na morte de Isabella Nardoni, uma menina de apenas cinco anos, em 29 de março de 2009. O crime chocou a sociedade brasileira e resultou na condenação do réu, juntamente com sua então esposa, Anna Carolina Jatobá.
O caso de Isabella Nardoni e as condenações de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá
As investigações revelaram evidências contundentes que apontavam para a culpa do casal. Marcas de violência no corpo da criança, vestígios de sangue e inconsistências nos depoimentos dos acusados foram cruciais para a resolução do caso. Em 2010, Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, um mês e 10 dias de prisão, enquanto Anna Carolina Jatobá recebeu uma sentença de 26 anos e oito meses pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e fraude processual.
A motivação por trás do crime foi descrita como um surto de raiva de Alexandre, desencadeado por uma discussão com Anna Carolina, que resultou na tragédia que ceifou a vida da pequena Isabella. A decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de permitir que o juízo da execução de São Paulo analise o pedido de progressão ao regime aberto de Anna Carolina Jatobá traz mais um desdobramento nesse caso que marcou a sociedade brasileira.
Fonte: © Migalhas
Comentários sobre este artigo