Ednaldo mantém Ramon e Branco, apesar de ter falado em demiti-los há um ano. Datas mal aproveitadas e campo apático contribuem para 6 a 0 da Argentina no Sul-Americano.
Em um evento marcado pela desigualdade de desempenho em relação aos demais participantes, a Seleção demonstrou um descompasso entre expectativas e realidades, como se fosse um jogo predestinado para ser perdido antes mesmo do apito inicial. Dizia-se que a equipe estava preparada para superar as dificuldades, mas a história desmente esse cenário.
A competição Sul-Americana Sub-20 serviu como um palco para que a Seleção brasileira demonstrasse o seu real valor, e, infelizmente, não foi o esperado. A classificação para o Mundial não foi garantida de forma tranquila, e a equipe enfrentou desafios que poderiam ter sido superados com um desempenho mais coeso. A desigualdade em campo foi gritante, e apenas a força de uma equipe unida poderia mudar o rumo da história. A _Seleção_ enfrentou uma difícil jornada, mas não alcançou os resultados desejados, demonstrando que a _equipe_ ainda precisa trabalhar para melhorar a qualidade dos jogos.
Seleção Brasileira Desfalece em 6 a 0 na Venezuela
A derrota de 6 a 0 da Seleção Brasileira para a Argentina na Venezuela é um reflexo de um trabalho que começou com demissões arquivadas e falta de organização. A equipe, que foi campeã continental da categoria em 2023, mas eliminada no Mundial meses depois para Israel, teve a demissão definida pelo presidente Ednaldo Rodrigues após a não classificação para os Jogos Olímpicos de Paris, há um ano, na mesma Venezuela.
O dirigente havia falado abertamente a seus pares nos corredores da CBF, mas nunca colocou em prática a mudança, deixando a categoria no ‘limbo’ por duas datas Fifa. O coordenador Branco também havia sido previsto para deixar o cargo, mas a indefinição se prolongou até que os nomes foram mantidos no cargo.
Neste cenário, o Brasil não teve um calendário real durante março e junho, com a geração se reuniindo pela primeira vez em setembro. As duas vitórias diante do México contaram com jogadores que, em sua maioria, não estavam no Sul-Americano por não terem sido liberados por seus clubes. As convocações de outubro e novembro foram apenas para treinamentos e jogos-treino, sem a realização de amistosos.
Foi neste cenário que o Brasil se preparou para encarar uma rotina que não é nova: a impotência diante da decisão dos clubes de não liberar seus principais jogadores. Passa de uma dezena o número de atletas que Ramon Menezes tinha em mente e não puderam sequer se apresentar na Granja, além de outros três que foram chamados de volta por ‘mudança de planos’. Relatos que ajudam a entender, mas não justificam a goleada da noite de sexta-feira.
O paralelo com o 7 a 1 vai além da diferença de gols, passa muito pela apatia. Com dez minutos de bola rolando, o Brasil já perdia por 3 a 0 e via ‘El Diablito’ Etcheverry, vendido pelo River Plate ao Manchester City, repetir o protagonismo da eliminação no Mundial Sub-17 dois anos atrás. Displicência e erros bobos na saída de bola resultaram nos dois primeiros gols e o lado esquerdo da defesa foi o ponto mais frágil de um time que sequer conseguia assustar o adversário.
Detalhar o jogo em si é missão impossível diante de um roteiro onde os argentinos tiveram o tempo inteiro o controle e as melhores chances. Não dá nem para falar em esboço de reação na volta do segundo tempo com as três mudanças promovidas por Ramon, quando aos 6 a os 8 a Argentina novamente aproveitou-se de espaços pelo lado esquerdo da defesa para fazer 5 a 0.
Apatia e atordoamento, o Brasil parecia rezar pelo fim do jogo diante de um adversário que, mesmo sem fazer força, se aproximava do sexto gol. E ele saiu após pressão que resultou em dois escanteios, até que Hidalgo, livre, cabeceou para marcar o 6 a 0. Crucificar jovens como Moscardo, que deixou o gramado pedindo desculpas ao torcedor, seria tornar ainda mais cruel aquela que provavelmente é a pior noite da breve carreira desses meninos.
Seleção Brasileira Perde Foco e Torna-se Ineficaz
A goleada para a Argentina não é apenas um resultado, mas um reflexo de uma equipe que perdeu o foco e tornou-se ineficaz. A falta de organização e a demissão arquivada de Ramon Menezes foram os primeiros sinais de que algo estava errado.
A Seleção Brasileira não teve um calendário real durante março e junho, o que fez com que a geração se reuniu pela primeira vez em setembro. As duas vitórias diante do México contaram com jogadores que, em sua maioria, não estavam no Sul-Americano por não terem sido liberados por seus clubes.
As convocações de outubro e novembro foram apenas para treinamentos e jogos-treino, sem a realização de amistosos. Foi neste cenário que o Brasil se preparou para encarar uma rotina que não é nova: a impotência diante da decisão dos clubes de não liberar seus principais jogadores.
Equipe Sem Concessões e sem Liberações
A Seleção Brasileira foi para a Venezuela sem concessões, mas sem liberações também. A falta de liberações dos clubes fez com que a equipe não tivesse os melhores jogadores, o que se refletiu na goleada para a Argentina.
A equipe sem concessões e sem liberações não tem como se preparar para jogos importantes. A falta de liberações dos clubes é um problema que precisa ser resolvido para que a Seleção Brasileira possa ter os melhores jogadores e se preparar para jogos importantes.
A goleada para a Argentina é um alerta para a CBF e para os clubes. É hora de trabalhar juntos para resolver os problemas e criar uma equipe forte e competitiva.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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