Entidade pede proteção do governo contra entrada em larga escala de carros estrangeiros, especialmente chineses. Passado governo formal, equipe técnica Anfavea envolvida.
A Anfavea solicitou formalmente ao governo um aumento imediato da alíquota de importação de veículos, incluindo os elétricos, para 35%, com o objetivo de proteger o mercado diante da grande quantidade de automóveis estrangeiros, principalmente da China, entrando no país. A associação de fabricantes divulgou que a proposta foi entregue nesta quinta-feira (27) às autoridades competentes.
O pedido já havia sido feito na semana passada ao governo e ao Ministério da Fazenda, sendo agora detalhado ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Bens e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e sua equipe técnica, conforme informado pela Anfavea. O MDIC, por meio de sua assessora de imprensa, confirmou o recebimento da solicitação da alíquota de importação.
Discussão sobre a alíquota de importação de veículos
A alíquota de importação de veículos é um tema em destaque no cenário comercial atual. O governo federal, por meio do programa Mover, estabeleceu uma alíquota escalonada que pode atingir até 35% em um prazo de dois anos. No entanto, diante do cenário de exportações mais lentas e crescimento das importações, a antecipação desse prazo é considerada por fontes da Anfavea como uma medida pertinente. Segundo uma fonte anônima da associação, o mercado nacional está sendo impactado pelo aumento das importações, o que afeta diretamente os empregos no Brasil.
Solicitações e análises técnicas
Recentemente, a pasta responsável pelo assunto informou ter recebido solicitações contraditórias por parte dos importadores. Enquanto alguns pedem que não haja mudanças na alíquota de importação, outros defendem a necessidade de ajustes. Diante disso, a pasta afirmou que iniciará uma análise técnica, sem pré-julgamentos, para avaliar a situação e tomar as decisões adequadas.
Impacto no mercado nacional e internacional
A situação atual do mercado nacional, com um aumento significativo das importações e uma produção local estagnada, levanta preocupações sobre o futuro da indústria automotiva no país. A entrada de veículos importados em grande escala tem gerado debates sobre a proteção da indústria nacional e a manutenção dos empregos no setor. Além disso, a concorrência com veículos elétricos e híbridos, especialmente os produzidos na China, tem levado outros mercados, como Europa e Estados Unidos, a adotarem medidas protetivas para preservar suas indústrias locais.
Desafios e perspectivas futuras
Diante desse cenário desafiador, as montadoras tradicionais enfrentam a pressão da concorrência dos veículos elétricos e híbridos. O diretor de marketing da BYD no Brasil destacou a crescente demanda por esses modelos e como eles estão impactando o mercado. A competitividade no setor automotivo é intensa, e questões como a possibilidade de um aumento de 35% no valor dos veículos importados geram incertezas e reflexões sobre o futuro do mercado automotivo.
Fonte: @ Info Money
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