Conhecimento ancestral e matrizes africanas no SUS
As benzedeiras desempenham um papel fundamental na preservação da cultura popular, especialmente no que diz respeito às práticas tradicionais de cura e proteção. Elas são conhecidas por suas habilidades em mobilizar plantas, cristais e pedras, além de utilizar a força da palavra e do canto para promover a saúde e o bem-estar. As benzedeiras são respeitadas por sua sabedoria e conhecimento, que são transmitidos de geração em geração, e continuam a ser uma fonte de inspiração e apoio para muitas pessoas.
No contexto da cultura popular, as benzedeiras trabalham em estreita colaboração com as rezadeiras, ialorixás e curandeiras, que compartilham conhecimentos e práticas para promover a saúde e a proteção. Juntas, elas utilizam suas habilidades para combater males como a espinhela caída, quebranto, febre e erisipela, entre outros. Mãe Edeulzuíta, com seus 90 anos, é um exemplo de como as benzedeiras continuam a ser uma fonte de sabedoria e inspiração. A força da palavra e do canto é fundamental em suas práticas, e a utilização de plantas e cristais é uma das formas pelas quais elas promovem a cura e a proteção. A cultura popular é rica e diversa, e as benzedeiras são um exemplo disso, com suas práticas e conhecimentos que continuam a ser uma fonte de inspiração e apoio para muitas pessoas. A preservação da cultura popular é essencial para manter viva a memória e a tradição, e as benzedeiras desempenham um papel fundamental nesse processo.
Introdução às Benzedeiras
Enquanto a prefeitura do Rio de Janeiro reconhecia e, seis dias depois, revogava práticas de matrizes africanas no Sistema Único de Saúde (SUS), as benzedeiras ganhavam visibilidade através de um site, ebook e vídeos que registravam a tradição religiosa dos subúrbios cariocas. Essas mulheres, conhecidas como benzedeiras, desempenham um papel fundamental na preservação do conhecimento ancestral e da tecnologia ancestral, que é transmitida de geração em geração. Além disso, elas também são rezadeiras, ialorixás e curandeiras, que utilizam ervas e outros rituais para promover a saúde e a cura.
A cidade do Rio de Janeiro havia sido a primeira a reconhecer banho de ervas, defumação, chás, escaldas pés, entre outros rituais, como promotores de saúde e cura complementar no SUS, conforme autoriza resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS). No entanto, a tradição de benzimentos nos subúrbios cariocas nunca precisou de reconhecimento oficial, pois as benzedeiras sempre foram respeitadas e procuradas pela comunidade. Elas são as guardiãs da tradição religiosa e do conhecimento ancestral, que é fundamental para a preservação da cultura e da identidade da comunidade.
A Importância das Benzedeiras
As benzedeiras, como Pri Abebé, 38 anos, da Penha, zona norte, acreditam que a reza e a cura são uma tecnologia ancestral que deve ser preservada. Ela afirma que ‘certeza de que esse é um caminho de memória que a gente precisa manter para não se perder. Porque é uma tecnologia ancestral. Mas a reza em si, a coragem é a vovó que me traz’, referindo-se ao espírito feminino que a auxilia. Além disso, as rezadeiras, como Penha, 57 anos, moradora de Xerém, em Duque de Caxias, também são importantes na comunidade, pois elas curam muitas pessoas com ervas e rezas. A ialorixá Edelzuíta, da Vila Valqueire, zona oeste, com 90 anos e 81 de candomblé, também é uma figura importante na comunidade, pois ela reza e cura pessoas adultas e crianças.
As benzedeiras, rezadeiras, ialorixás e curandeiras são fundamentais para a preservação da tradição religiosa e do conhecimento ancestral. Elas são as guardiãs da cultura e da identidade da comunidade, e sua importância não pode ser negligenciada. O projeto Imaginários Cariocas, que criou um site, ebook e vídeos sobre as benzedeiras, é um exemplo de como a tecnologia pode ser utilizada para preservar a tradição religiosa e o conhecimento ancestral. Além disso, o projeto também destaca a importância das matrizes africanas e do Sistema Único de Saúde (SUS) em reconhecer e valorizar as práticas de saúde e cura complementar.
Conclusão
Em resumo, as benzedeiras, rezadeiras, ialorixás e curandeiras são fundamentais para a preservação da tradição religiosa e do conhecimento ancestral. Elas são as guardiãs da cultura e da identidade da comunidade, e sua importância não pode ser negligenciada. O reconhecimento e a valorização das práticas de saúde e cura complementar, como o banho de ervas e a defumação, são fundamentais para a preservação da tradição religiosa e do conhecimento ancestral. Além disso, a tecnologia pode ser utilizada para preservar a tradição religiosa e o conhecimento ancestral, como exemplo do projeto Imaginários Cariocas. As benzedeiras, rezadeiras, ialorixás e curandeiras são as verdadeiras guardiãs da tradição religiosa e do conhecimento ancestral, e sua importância deve ser reconhecida e valorizada.
Fonte: @ Terra
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