Empresa registra aumento de 33% em solicitações entre janeiro e março, com prejuízo de 63%. Sazonalidade influi em perdas. Lucro ante impostos, depreciação e amortização (Ebitda) indicam crescimento. Carteira, pessoas tradicionalmente procuram insumos, lógica diversifica receita. Estação seca afeta oferta, qualidade e próxima safra no Cerrado. Estratégia refletirá planos ante chuvas e Estado.
A Boa Colheita Sementes (SOJA3) diminuiu em 63% seu prejuízo no início de 2024, finalizando o trimestre com perdas de R$ 5 milhões. Tradicionalmente, os primeiros meses do ano são os mais desafiadores para a empresa em questões financeiras, devido à sazonalidade da safra de grãos no Brasil. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também teve uma boa evolução.
Em contrapartida, a empresa registrou nenhum impacto significativo em suas operações durante o período, o que contribuiu para a melhoria dos resultados financeiros. A Boa Colheita Sementes continua focada em otimizar seus processos e fortalecer sua posição no mercado, visando alcançar um desempenho ainda melhor nos próximos trimestres.
Boa Safra: Desempenho e Estratégias
O indicador da Boa Safra apresentou um prejuízo de R$ 29 milhões no primeiro trimestre, representando uma melhoria de 9,4% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, as vendas sofreram uma queda significativa. A receita da empresa encolheu 40,4%, totalizando R$ 69 milhões, devido ao atraso dos produtores na compra de insumos.
A sazonalidade do mercado agrícola impactou diretamente a Boa Safra, com estimativas apontando que 40% da safra ainda não foi comercializada. Esse cenário tem levado os agricultores a adiarem suas compras, refletindo na redução da receita da empresa.
Felipe Marques, diretor financeiro da Boa Safra, destacou a importância da diversificação da carteira de pedidos da empresa. No primeiro trimestre, houve um crescimento de 33%, atingindo R$ 1,28 bilhão, sinalizando um potencial de faturamento promissor para o ano.
Apesar da queda nos preços unitários das sementes, a empresa manteve sua estratégia de valor agregado, impulsionando a venda de produtos com maior valor percebido. A diversificação na comercialização de sementes, incluindo trigo, milho, forrageiras, sorgo e feijão, resultou em uma receita de R$ 29 milhões no primeiro trimestre, superando os números do ano anterior.
As recentes chuvas no Rio Grande do Sul impactaram a Boa Safra, tradicional produtor de sementes no Brasil. A qualidade da oferta do Estado pode ser afetada, levando a possíveis mudanças no plantio da próxima safra de trigo. Essa incerteza pode resultar na migração da produção para o Cerrado, região onde a empresa possui uma presença consolidada.
Diante das perdas provocadas pelo clima nos últimos anos, a Boa Safra está revisando sua estratégia para o Rio Grande do Sul e região. A empresa planejava construir uma unidade de beneficiamento de sementes na região Sul, visando fortalecer sua posição de liderança no mercado. A entrada nesse mercado estratégico estava em andamento, com a possibilidade de fusões e aquisições não descartada.
Fonte: @ Info Money
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