Venda da Cosan na Vale pressionou os investimentos institucionais e negociações diárias, mas movimentações estrangeiras não puderam recuperar o Ibovespa.
O mercado de ações brasileiro atraiu recursos significativos de investidores estrangeiros em 16 de janeiro, com um influxo de R$ 6,5 bilhões no segmento secundário da B3, o que representa um sinal de confiança nas empresas do Brasil. Este movimento reflete a percepção dos investidores internacionais de que o mercado oferece oportunidades de crescimento e retorno de seus investimentos.
Essa entrada de recursos externos na bolsa brasileira desempenhou um papel crucial em equilibrar o fluxo de saída de investimentos estrangeiros no mesmo período, revelando uma atitude mais cautelosa por parte dos investidores internacionais em relação às empresas listadas na B3. A bolsa brasileira é conhecida por oferecer uma ampla gama de ações de diversas empresas, dando aos investidores acesso a uma variedade de setores e mercados, o que pode ser uma estratégia eficaz para diversificar seus recursos e reduzir o risco. Ao investir no Brasil através da B3, os estrangeiros podem aproveitar as oportunidades de crescimento das ações brasileiras e participar do fluxo de capitais que está impulsionando o desenvolvimento econômico do corpo das empresas brasileiras, ao mesmo tempo em que aumentam suas participações nos mercados globais.
Investidores internacionais retomam o controle da B3
A B3, principal bolsa de valores do Brasil, foi conduzida por investidores internacionais de forma expressiva na última quinta-feira, o que levou a um reforço significativo para o mercado. De acordo com dados do Valor Data, o fluxo de recursos estrangeiros ficou positivo pela primeira vez em 2025, superando os saques em R$ 700 milhões. Anteriormente, o fluxo estava negativo em R$ 5,8 bilhões.
Isso levou a um aumento expressivo no volume financeiro movimentado na bolsa brasileira, com o Ibovespa movimentando R$ 24,6 bilhões, 49% mais que a média diária dos últimos 12 meses. Além disso, a liquidez da bolsa também subiu de forma significativa, com R$ 24,6 bilhões movimentados.
Os investidores institucionais também se destacaram na última quinta-feira, com a compra de R$ 1,88 bilhão mais do que a venda de ações na bolsa brasileira. Já as pessoas físicas injetaram outros R$ 397 milhões líquidos nas operações. No entanto, a movimentação da Cosan, que zerou sua participação acionária na Vale, foi responsável pelo movimento negativo do mercado.
A movimentação da Cosan foi expressiva, com a venda de mais de 173 milhões de ações da mineradora, o que gerou um volume financeiro de R$ 11,5 bilhões. Isso é cerca de 720% da média diária movimentada pelo papel da mineradora nos últimos 12 meses, de R$ 1,4 bilhão. A liquidez da bolsa brasileira também subiu de forma expressiva, com o Ibovespa movimentando R$ 24,6 bilhões, 49% mais que a média diária dos últimos 12 meses.
A virada de jogo na última quinta-feira foi significativa, com o grupo ‘Outros’ apresentando saída líquida de R$ 9 bilhões, o que inverteu o fluxo acumulado neste ano para R$ 7,9 bilhões negativos. No entanto, essa virada tem impacto pontual, já que tem pouca capacidade de mudar as perspectivas para a bolsa brasileira este ano.
A movimentação de empresas no mercado de ações é historicamente baixa na comparação com os outros atores. É o contrário do que acontece entre os gringos, que são a maior força motriz da B3, responsáveis por cerca de 55% do volume financeiro movimentado na nossa bolsa.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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