A Polícia Federal concluiu que as provas do inquérito sobre a suposta criminosa restringiram o foco do núcleo investigativo do núcleo.
Segundo a Polícia Federal, as provas do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro são ‘inequívocas’ sobre a participação do ex-presidente e a organização criminosa que o apoiava. A conclusão é resultado de uma análise rigorosa das evidências coletadas durante o inquérito, que comprovaram a existência de uma estrutura complexa de atuação criminosa.
As investigações revelaram que o golpe de Estado planejado não se limitava a uma simples tentativa de deposição do governo, mas sim visava a destruição do Estado Democrático de Direito. A organização criminosa envolvida no esquema era composta por indivíduos ligados ao ex-presidente, que agiam de forma coordenada para realizar golpes de Estado na organização política e no sistema eleitoral. O objetivo era criar um ambiente de instabilidade política, facilitando a implantação de um regime autoritário.
Uma Conspiração de Estado: A Investigação do Golpe
As investigações apontam que o golpe não foi consumado por ‘circunstâncias alheias à vontade’ de Bolsonaro, mas sim devido a uma combinação de fatores que se alinham com a estratégia da organização criminosa, que ‘criou, desenvolveu e disseminou’ a narrativa de fraude eleitoral desde 2019. O objetivo era sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral para posteriormente utiliza-la como fundamento para os atos que se seguiram após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022.
Um Plano Perfeito: A Ruptura Institucional
A PF crava que Bolsonaro, com apoio do núcleo jurídico da organização, elaborou um decreto que previa uma ruptura institucional, impedindo a posse do governo legitimamente eleito, e estabelecendo a decretação do Estado de Defesa no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral e a criação da Comissão de Regularidade Eleitoral para apurar a ‘conformidade e legalidade do processo eleitoral”. O decreto serviria como base legal e fundamento jurídico para o suposto golpe de Estado.
Um Grupo de Liderança: A Organização Criminosa
Há no inquérito elementos de prova robustos que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro). A PF colheu evidências, como registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs, datas e locais de reuniões, que indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo – que previa o assassinado de Lula, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Moraes), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022 (ação clandestina que previa a prisão/execução de Moraes).
A Revisão Final: A Minuta do Golpe
Segundo a PF, na manhã do dia 7 de dezembro de 2022, Bolsonaro fez pessoalmente ajustes na minuta do decreto do golpe e convocou os comandantes das Forças Militares no Palácio da Alvorada para apresentar o documento e ‘pressionar as Forças Armadas a aderirem ao plano de abolição do Estado Democrático de Direito’. O inquérito narra que os comandantes do Exército e da Aeronáutica foram contra a adesão a qualquer plano que impedisse a posse do governo Lula, legitimamente eleito, mas o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, embarcou no plano.
A PF sustenta que há relevantes e robustos elementos de prova que indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022.
Fonte: © Direto News
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