Países destacam investimentos em matriz climática e afagos diplomáticos em declaração conjunta sobre desafios geopolíticos e taxação.
Haddad fez um discurso ao lado de Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos Foto: Pedro Kirilos / Estadão / Estadão RIO – O ministro da Economia, Fernando Haddad, destacou hoje a importância de promover o uso da energia limpa no Brasil. Em sua fala ao lado da representante dos EUA, Janet Yellen, Haddad ressaltou a necessidade de parcerias público-privadas para impulsionar investimentos nessa área crucial para o futuro sustentável do planeta.
No cenário atual, com desafios ambientais cada vez mais evidentes, a cooperação internacional em prol da energia renovável se torna fundamental. Haddad e Yellen concordam que a transição para uma matriz energética mais sustentável é essencial para garantir um desenvolvimento econômico duradouro e alinhado com as demandas do meio ambiente. Juntos, Brasil e Estados Unidos buscam fortalecer laços e compartilhar conhecimentos em busca de soluções inovadoras para a questão da energia limpa.
Parceria pela energia limpa e sustentável
Ele mencionou que os dois países estão alinhados na busca por destacar as questões climáticas. Lula afirmou que pede diariamente para Haddad não se preocupar, pois acredita que tudo dará certo. Haddad ressaltou que a contribuição justa dos super-ricos em impostos é uma forma de combater a fome. Além disso, Haddad mencionou que o G20 poderá emitir uma declaração conjunta sobre a taxação de super-ricos. Yellen, por sua vez, comunicou que os dois países estão anunciando em conjunto uma parceria para o clima, com objetivos ambiciosos.
Estamos buscando um trabalho ambicioso sobre o clima, um tema que tem sido destacado nas discussões internacionais pelo Brasil, afirmou Yellen. Haddad e Yellen estão participando, nesta sexta-feira, do último dia de reuniões da trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20), no Rio de Janeiro.
Durante uma troca de afagos diplomáticos que durou cerca de dez minutos, Haddad mencionou que Yellen tem demonstrado apreço pelo Brasil, algo que é recíproco por parte do governo brasileiro. Ele destacou que os dois países são as duas maiores economias ocidentais e que é uma honra ter se encontrado com a secretária do Tesouro americano algumas vezes nos últimos 18 meses. Haddad ressaltou a importância de uma agenda ampla com os EUA, visando uma maior integração do continente e o exemplo de cooperação internacional.
Apesar da convergência em questões climáticas entre os governos Lula e Biden, em outros temas discutidos no G20, como a tributação internacional de super-ricos, os dois países têm opiniões divergentes sobre a formalização de um acordo internacional. O Brasil chegou a propor a taxação de grandes fortunas em 2% e destinar parte da arrecadação para o combate às mudanças climáticas, principalmente em países pobres, mas essa proposta não deve avançar.
Após os pronunciamentos da secretária do Tesouro americano e do ministro da Fazenda, os governos dos dois países divulgaram uma declaração conjunta sobre clima, durante o encontro do G20. A Parceria pelo Clima terá quatro pilares: Cadeias de suprimento de energia limpa, Mercados de carbono de alta integridade, Finanças da natureza e da biodiversidade, e Fundos climáticos multilaterais.
Segundo o comunicado, a Parceria pelo Clima ajudará a desenvolver políticas e liderar reformas em instituições internacionais em que ambos os países têm interesse. A iniciativa visa tornar os investimentos público e privado mais eficientes, direcionando-os para enfrentar os desafios climáticos mais urgentes, incluindo tecnologias para produção de energia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono íntegros e conservação de florestas e biodiversidade. Eles pretendem fortalecer seu trabalho bilateral em fóruns multilaterais como o G20, Reuniões Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
Fonte: @ Terra
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