Desigualdade social e violência urbana agravam a situação, mas maior conscientização pode explicar o aumento das denúncias, apontam especialistas.
No Brasil, o bullying é um problema grave que afeta muitos estudantes. De acordo com dados de 2022 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), a Costa Rica é o país com mais casos de bullying no mundo, com 44% dos estudantes afirmando ter sofrido algum tipo de agressão na escola. Esses números são alarmantes e demonstram a necessidade de uma ação mais eficaz para combater esse problema.
Os efeitos do bullying podem ser devastadores, levando a casos de violência e assédio. Muitos estudantes que sofrem com o bullying relatam sentimentos de isolamento e depressão, o que pode levar a tentativas de suicídio. A vida de um jovem é preciosa e não pode ser destruída pelo bullying. É fundamental que as escolas e as famílias trabalhem juntas para criar um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes, onde o bullying não seja tolerado. A prevenção é a chave para combater o bullying.
O Impacto do Bullying nas Escolas da América Latina
Deiran Campos, um estudante da Costa Rica, compartilha sua experiência com o bullying: ‘A segunda foi a mais forte, e me arrependo de ter tentado a terceira porque, a partir da segunda, entendi que isso era muito egoísta’. Outro estudante afirma que o bullying o deixou com ‘muitos problemas de confiança, acho difícil confiar nas pessoas ao meu redor’. Essas declarações ilustram o impacto devastador do bullying, caracterizado por agressões verbais, físicas e psicológicas que se repetem por algum período e podem ter danos de longo prazo, como a depressão.
O fato de a Costa Rica estar no topo da lista do bullying é surpreendente, considerando que o país possui bons indicadores de desenvolvimento. No entanto, as autoridades acreditam que isso se deve a uma maior conscientização e disposição para denunciar, e ao fato de as escolas estarem se esforçando para combater a violência.
A América Latina no Ranking do Bullying
Além da Costa Rica, outros países latino-americanos estão entre os 20 com mais relatos de bullying entre os estudantes. A Colômbia aparece em 11º lugar, com 23% dos casos. O Brasil, Peru e Chile estão empatados no 16º ao 18º lugar, com 20% dos casos. Especialistas acreditam que algumas características da região podem estar contribuindo para o aumento dessa violência entre os jovens.
A desigualdade social, a violência crônica em algumas cidades e a falta de recursos podem estar na raiz do problema. Além disso, o assédio e a violência nas escolas podem ter consequências graves para os estudantes, incluindo problemas de confiança e depressão. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) destaca a importância de abordar esses problemas para melhorar a educação e a saúde mental dos jovens.
O bullying é um problema complexo que requer uma abordagem multifacetada. As escolas e as autoridades devem trabalhar juntas para criar um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes, e para combater a violência e o assédio. Além disso, é fundamental abordar as causas subjacentes do bullying, incluindo a desigualdade social e a falta de recursos, para criar uma sociedade mais justa e igualitária.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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