Livro conta a história de Cesar Lattes, físico paranaense que ajudou nas pesquisas do méson pi, marcando o desenvolvimento da ciência brasileira e mundial.
O nome Cesar Lattes é amplamente conhecido entre os estudiosos da ciência brasileira, por suas contribuições notáveis para a física. Nascido em 1924 em Curitiba, Paraná, começou sua jornada acadêmica com destaque, tornando-se um dos nomes mais lembrados na história da ciência local. É de se destacar que sua pesquisa e suas descobertas são amplamente reconhecidas até os dias atuais.
Como um dos principais pesquisadores de sua geração, o físico Cesar Lattes se destacou pelo seu compromisso contínuo com a inovação e a excelência. Logo, tornou-se um dos cientistas brasileiros mais reconhecidos internacionalmente, vindo a chegar cada vez mais perto de conquistar um prêmio Nobel em suas pesquisas. Em um contexto em que a ciência estava crescendo de forma constante, o trabalho de Cesar Lattes se destacou entre os demais, adquirindo um lugar de destaque em sua área.
Uma Vida Sem Fronteiras: A Saga de Cesar Lattes
Ainda muito jovem, com apenas 23 anos de idade, Cesar Lattes se destacou como codescobridor do méson pi (ou píon), uma partícula subatômica que revolucionou a física atômica. Suas experiências pioneiras permitiram aprimorar um novo método fotográfico para observar a trajetória dessa partícula subatômica, marcando um divisor de águas na física mundial.
Os Pioneiros da Física Atômica
No entanto, a honraria da Academia Real das Ciências da Suécia coube apenas ao físico inglês Cecil Powell, chefe do laboratório da Universidade de Bristol, na Inglaterra, onde trabalhava uma equipe à qual o brasileiro Cesar Lattes fazia parte. Em 1950, Powell foi laureado com o Nobel de Física, três anos depois da primeira observação do méson pi. Essas histórias, além de muitas outras, mostram como Cesar Lattes se firmou como um dos nomes mais interessantes e importantes da física mundial.
Um Legado que Transcende a Física
Recém-lançado pela editora Record, o livro ‘Cesar Lattes — Uma Vida’ é uma colaboração entre Marta Góes, Tato Coutinho e Jorge Luis Colombo, bem como a segunda filha do biografado, Maria Cristina Lattes Vezzan. Marta é uma autora de várias peças de teatro, jornalista e escritora, indicada ao Prêmio Jabuti por Alfredo Mesquita — Um grã-fino na contramão. Já Tato teve longas passagens pelas editoras Abril e Trip, além da TV Cultura e é editor atualmente de biografias da editora Livros de Família.
Uma Jornada de Pesquisa e Escrita
Entre as fases de pesquisas e escrita do livro, foram 13 meses de trabalho — até setembro, quando se deu a última etapa dos ajustes apontados pela revisão técnica do historiador Heráclio Duarte Tavares. Se o legado de Cesar Lattes para o mundo é o méson pi, para o Brasil, ele ultrapassa a subpartícula atômica. Ao longo de toda a vida, o físico empenhou seu prestígio para tentar desenvolver a ciência brasileira, como minunciosamente mostram Marta e Tato, em um trabalho impecável de pesquisa, feito no Brasil, Inglaterra e Itália.
O Papel de Lattes na Institucionalização da Pesquisa Científica
Cesar Lattes é reconhecido como o principal articulador para a institucionalização da pesquisa científica no país, com a criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Aliás, todo acadêmico, quando precisa organizar e apresentar sua vida profissional de modo oficial, deve fazer seu ‘Currículo Lattes’, um padrão nacional de registro da vida pregressa e atual dos cientistas brasileiros e do exterior, adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do país. Pois é, o nome da plataforma, lançada em 1999, é em homenagem ao paranaense.
Fonte: @ NEO FEED
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