Reunião do Comitê Central do Partido Comunista foca em planejamento de longo prazo para impulsionar atividade produtiva e crescimento do país, com metas de crescimento em 2024.
As autoridades da China sempre foram conhecidas pela obsessão com o planejamento de longo prazo, calculado em planilhas e meticulosamente colocado em prática e cobrado dos governos locais, indústria e outros setores da atividade produtiva. A letargia em que está afundada a economia chinesa desde a pandemia, porém, parece ter alterado esse último bastião que direcionava o crescimento do país.
Apesar dos desafios enfrentados pelo gigante asiático, a China continua a ser um país de grande relevância global. A resiliência do país asiático tem sido admirada por muitos, mostrando que, mesmo em tempos difíceis, a China é capaz de se reinventar e se adaptar às novas circunstâncias. A influência do gigante asiático na economia mundial é inegável, e sua capacidade de se recuperar de crises é um exemplo para outros países.
China: Desafios e Estratégias de Longo Prazo
A reunião de quatro dias do Comitê Central do Partido Comunista chinês, conhecida como Terceiro Plenário, é um evento crucial que ocorre duas vezes a cada dez anos. Seu objetivo é definir estratégias de longo prazo para o país asiático, o gigante asiático, que tem um papel fundamental na economia global. Terminou nesta quinta-feira, 18 de julho, sem anunciar diretrizes específicas para sanar os gargalos da economia chinesa.
O comunicado final destacou a importância de a China se esforçar inabalavelmente para cumprir as metas de crescimento deste ano, que estão em torno de 5%. Esse foco nas metas de crescimento foi interpretado por analistas como um sinal de que medidas adicionais ainda estão em estudo, o que tem despertado a curiosidade do Ocidente em relação às estratégias futuras do país.
O presidente Xi Jinping liderou a reunião de quatro dias, que foi marcada pela ênfase na necessidade de planejamento de longo prazo e na promoção da atividade produtiva. O comunicado ressaltou a importância de a China continuar a aprofundar as reformas em diversas áreas, visando o crescimento do país e a modernização de sua economia.
A palavra ‘reforma’ foi mencionada repetidamente no comunicado, refletindo o compromisso do Comitê Central em implementar mudanças significativas. Embora o comunicado tenha sido breve e vago, espera-se que o relatório completo da reunião seja divulgado em breve, fornecendo mais detalhes sobre as estratégias e metas de crescimento do país.
Uma das principais diretrizes destacadas foi a necessidade de a China desempenhar melhor o papel do mercado, ao mesmo tempo em que mantém a ordem e corrige as falhas existentes. Essa abordagem reflete as preocupações do governo e do Partido Comunista sobre os desafios no sistema financeiro do país.
A ‘modernização chinesa’ foi apresentada como uma perspectiva para enfrentar os desafios econômicos, sociais, ambientais e geopolíticos que a China enfrentará nos próximos anos. Para os especialistas, como Larry Hu, economista-chefe para a China da Macquarie Capital, essa visão representa um caminho para impulsionar o desenvolvimento sustentável do país.
Lian Ping, diretor-geral do Fórum dos Economistas-Chefes da China, destacou a inclusão das metas de crescimento no comunicado como um apelo à mobilização nacional. A liderança chinesa busca enfrentar o desempenho decepcionante do segundo trimestre deste ano, quando a economia cresceu a um ritmo mais lento do que o esperado.
Os desafios atuais da economia chinesa incluem a desaceleração do setor imobiliário, a queda no consumo e o aumento da dívida dos governos locais. A bolha imobiliária que estourou após a pandemia resultou em uma sobreoferta de imóveis, afetando significativamente o mercado. Esses desafios exigem estratégias e medidas eficazes para impulsionar o crescimento sustentável do país.
Fonte: @ NEO FEED
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