Taxa básica influencia juros do crédito pessoal no setor privado
A Selic, taxa básica de juros do Brasil, tem sido um tema recorrente nos últimos meses, especialmente após sua entrada em trajetória de alta em setembro do ano passado. A Selic é um indicador importante para a economia brasileira, influenciando diretamente as taxas de juros e os encargos financeiros. Com a alta da Selic, os bancos e instituições financeiras têm reajustado suas taxas de juros e encargos, afetando assim os consumidores e as empresas.
Desde então, a Selic saiu de 10,25% ao ano para 14,75% ao ano, um aumento significativo que tem impactado as taxas de juros e os encargos financeiros. Juros mais altos significam que os consumidores e as empresas terão que pagar mais por empréstimos e financiamentos, o que pode afetar a economia como um todo. Além disso, as taxas e os encargos também têm sido reajustados, tornando mais caro para as pessoas e as empresas acessar crédito. É importante estar atento às mudanças na Selic e como elas afetam as taxas de juros e os encargos financeiros, pois isso pode ter um impacto significativo nas finanças pessoais e empresariais. A gestão financeira eficaz é fundamental para navegar nesse cenário de alta da Selic e juros mais altos.
Entendendo a Selic e seus Impactos
A Selic, taxa básica de juros do Brasil, tem um papel fundamental na definição das taxas de juros, taxas e encargos praticados pelo setor financeiro. Recentemente, a Selic subiu para 14,75%, o que levou a um aumento nas taxas de juros de várias linhas de crédito, incluindo o crédito pessoal não consignado, que passou de 67,75% ao ano em outubro de 2024 para 80,00% em abril de 2025. Isso se deve ao caráter menos ‘seguro’ dessa linha de empréstimo, que não oferece garantias para os bancos, diferentemente dos consignados, que têm o próprio salário como segurança. Portanto, a inadimplência tende a ser alta e, assim, os juros também ficam maiores, afetando a taxa básica e os juros do Brasil.
Análise das Linhas de Crédito
Além do crédito pessoal não consignado, outras seis linhas avaliadas também tiveram alta nas taxas, mas de forma mais moderada. Os juros do cheque especial, uma das linhas mais caras, saíram de 145,87% para 147,10%. Já os juros do consignado do setor privado saíram de 36,79% para 40,43%; os do consignado do setor público saiu de 22,13% para 25,05%; os do consignado do INSS saíram de 21,56% para 24,16%. Os juros para a aquisição de veículos saíram de 23% para 24,75%, já os juros para aquisição de outros bens subiram mais: de 32,92% para 40,60%. Isso mostra que a Selic tem um impacto significativo nas taxas de juros, taxas e encargos, afetando o crédito pessoal e as linhas de crédito.
Fatores que Influenciam as Taxas
Segundo o professor Alexandre Chaia, pesquisador do Insper, existem pelo menos cinco fatores que explicam o aumento das taxas praticadas pelos bancos. São eles: a própria Selic, que tem um peso de um terço a um quarto das taxas, dependendo do tipo de crédito; os custos operacionais de cada linha; a inadimplência esperada; o lucro que o banco visa ter naquele produto; e os impostos pagos pela instituição financeira para oferecer aquele serviço. Além disso, a Selic também influencia a taxa básica e os juros do Brasil, afetando o setor privado e as linhas de crédito, como o crédito pessoal e as taxas de juros, taxas e encargos. Com o lançamento do novo consignado, que facilita o acesso de trabalhadores do setor privado, a expectativa é que cada vez menos pessoas precisem recorrer ao crédito não consignado, o que pode encarecê-lo ainda mais, afetando a Selic e as taxas de juros, taxas e encargos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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