A estabilidade da Selic impacta setores como mercado imobiliário e fundos, diante de pressões inflacionárias e taxas elevadas.
O mês de julho encerrou com a notícia de que os fundos imobiliários continuam em destaque no mercado financeiro. A manutenção da taxa Selic em 10,50% trouxe incertezas, mas os investidores apostam na solidez dos fundos imobiliários como alternativa de investimento.
Os FIIs têm se mostrado uma opção interessante para quem busca diversificar a carteira e obter rendimentos atrativos. Mesmo diante do cenário de adversidade no ambiente externo, os fundos imobiliários seguem como uma alternativa promissora para quem busca rentabilidade a longo prazo.
Fundos Imobiliários: Adaptação em Meio à Estabilização da Selic
A estabilização da Selic traz mudanças de perspectivas em diversos setores, incluindo o mercado imobiliário e os investidores do setor. O Copom destacou a necessidade de nos prepararmos para um cenário prolongado de taxas de juros elevadas, demonstrando um compromisso com a estabilidade econômica diante das pressões inflacionárias, conforme mencionado por Rafael Bellas, coordenador de produtos da InvestSmart, em uma entrevista ao site Bora Investir.
As gestoras de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) estão se ajustando a essa perspectiva. Maria Fernanda Violatti, head de Fundos Listados no Research da XP, ressaltou que os ativos estão sendo negociados com desconto, antecipando um possível aumento da Selic. Ela destaca que, se essa elevação se concretizar, pode impactar negativamente a classe dos FIIs.
A questão sobre fundos de tijolo versus fundos de papel também é relevante. Violatti observa que um aumento na Selic indica uma inflação mais alta, o que favorece os fundos imobiliários de papel, em sua maioria indexados ao IPCA. Por outro lado, os fundos de tijolo, vinculados a imóveis físicos, podem sofrer com a redução da demanda por imóveis devido ao aumento do custo do crédito.
Enquanto a alta da Selic é favorável para os fundos de papel e desfavorável para os FIIs de tijolo, a dinâmica muda com uma taxa de juros baixa. Isso pode impactar o desempenho dos FIIs de papel, já que os títulos atrelados ao índice tendem a desvalorizar nesse cenário. A adaptação dos fundos imobiliários em meio a esse clima de adversidade e ritmo econômico é fundamental para garantir a continuidade e estabilidade dos investimentos no setor.
Fonte: © Estadão Imóveis
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