Empresa alegou que artista agrediu funcionária ao ser informada sobre restrição de bagagem de mão com medicamentos; defesa negou. Justiça de São Paulo analisa caso.
A Justiça de São Paulo decidiu a favor da cantora Simony, condenando uma companhia aérea a pagar uma indenização de mais de R$ 21 mil. O caso ocorreu após a artista e sua família serem impedidos de embarcar em um voo de Orlando, nos Estados Unidos, com destino ao Brasil, em fevereiro de 2024. A decisão reforça a importância de garantir os direitos dos passageiros em situações como essa.
A companhia aérea envolvida no caso foi a Delta Air Lines, que foi considerada responsável pelo ocorrido. A empresa aérea terá que arcar com os valores estipulados pela Justiça, destacando a necessidade de cumprir as normas estabelecidas para o transporte de passageiros. Essa decisão serve como um alerta para outras transportadoras aéreas, que devem assegurar um serviço de qualidade e evitar transtornos aos clientes.
Simony enfrenta desafios com a companhia aérea durante tratamento contra câncer
Na ocasião, a artista Simony, que passava por um tratamento contra câncer, enfrentou uma situação delicada ao embarcar em um voo. A cantora, que utilizava uma cadeira de rodas devido ao seu estado de saúde, foi informada de que não poderia levar sua bagagem de mão, onde transportava medicamentos essenciais, para o interior da aeronave. A companhia aérea alegou que Simony transportava bagagens de mão em excesso e sugeriu que ela reorganizasse os medicamentos em uma única mala, mas a artista teria se recusado a seguir a orientação.
Confronto e depoimento da funcionária
Segundo a Delta Air Lines, empresa aérea responsável pelo voo, Simony teria se levantado da cadeira de rodas, gritado e segurado uma funcionária pelo braço. A transportadora aérea afirmou que a cantora não apenas desrespeitou as orientações, mas também agrediu fisicamente a funcionária. Para embasar sua versão, a companhia aérea anexou ao processo o depoimento da funcionária supostamente agredida. No entanto, a defesa de Simony contestou as acusações, alegando que as câmeras do aeroporto não registraram nenhum ato de agressão.
Defesa de Simony e decisão da Justiça de São Paulo
A defesa da cantora argumentou que o episódio nunca ocorreu, destacando que Simony estava em tratamento contra câncer e que seu comportamento não condizia com as acusações. Além disso, a família da artista foi obrigada a permanecer nos Estados Unidos sem o apoio da companhia aérea, tendo que comprar novas passagens para retornar ao Brasil. O juiz Marcos Vinicius Krause Bierhalz, da Justiça de São Paulo, acatou a argumentação da defesa, afirmando que a Delta Air Lines não apresentou provas concretas sobre a suposta agressão.
Indenização e repercussão do caso
O magistrado reconheceu que Simony foi submetida a uma situação constrangedora, especialmente por estar em uma cadeira de rodas e por ter sua bagagem de mão, com medicamentos essenciais, negada. Ele determinou que a companhia aérea indenizasse a cantora em R$ 21.388, valor que inclui a restituição das passagens e danos morais, além de juros e correção monetária. A transportadora aérea ainda pode recorrer da decisão. Simony, que alcançou o sucesso nacional com o grupo infantil ‘Turma do Balão Mágico’ em 1982, foi diagnosticada com câncer de intestino em 2022 e celebrou a remissão da doença no fim de 2024.
Fonte: @ Terra
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