Empresas migram para condomínios logísticos em regiões metropolitanas, otimizando setor de transporte com estratégias de last mile, estrutura logística modular e hubs logísticos.
O mercado de condomínios logísticos de classe A brasileiro entrou em uma fase de crescimento sustentado em 2024, com uma série de ações que demonstram o aumento da demanda por espaços logísticos de qualidade. Uma dessas ações foi a redução da taxa de vacância média, que atingiu um patamar histórico de cerca de 8% dos empreendimentos disponíveis para locação.
Aumentou a procura por condomínios logísticos de classe A, com empresários e investidores encarando a necessidade de se adaptar às mudanças no mercado. Os condomínios logísticos de classe B também começaram a ganhar atenção, como alternativa para empresas que buscam soluções mais acessíveis, sem abrir mão de infraestrutura de qualidade. Dentre as principais características desses condomínios está a logística de distribuição de carga, que torna os locais mais competitivos e atraentes para os clientes, e a capacidade de oferecer soluções personalizadas para necessidades específicas de cada empresa.
Uma tendência em crescimento: migração para condomínios logísticos
O mercado de transporte e logística tem apresentado um movimento positivo, com empresas migrando de galpões de rua para condomínios logísticos de classe A. De acordo com um relatório da SiiLa, em 2023, o setor registrou um crescimento de 10,8% em metros quadrados em condomínios logísticos de classe A+, A e B. Este movimento, conhecido como Flight to Quality, é uma espécie de êxodo de grandes varejistas, farmacêuticas, transportadoras e companhias do comércio eletrônico, que buscam otimizar suas entregas, especialmente em estratégias last mile, com a implementação de soluções logísticas eficientes.
Em busca de eficiência: a importância dos condomínios logísticos
A busca por empreendimentos classe A em 2025 é esperada em alta, considerando aspectos econômicos e de consumo no Brasil. O aumento do comércio online na última década pressionou o mercado logístico a buscar soluções mais assertivas e adaptáveis. A necessidade de manter galpões próximos aos grandes centros de consumo deve continuar em alta, estimulando a adesão de estruturas logísticas modulares, que permitem ajustes de acordo com a necessidade de cada operação. Além disso, a estratégia omnichannel tende a seguir evoluindo, integrando lojas físicas, online e outros canais de distribuição em um único ecossistema, com os condomínios logísticos desempenhando um papel fundamental na boa execução desta estratégia, oferecendo galpões adaptáveis para operações de todos os portes e segmentos.
Hubs logísticos: um papel fundamental na expansão
Em 2025, deve crescer a busca e o desenvolvimento de novos hubs logísticos em regiões metropolitanas que concentram número expressivo de consumidores. Cidades fora do eixo Rio-São Paulo, como Fortaleza (CE), São José dos Pinhais (PR), Gravataí (RS), entre outras, serão vetores fundamentais dessa expansão. Isso deve se acentuar ainda mais com a reforma tributária, que determina a tributação realizada no destino e não mais na origem, deixando de lado o componente fiscal no planejamento logístico das empresas.
Adesão a novas tecnologias e automação: o futuro da logística
O crescente uso de inteligência artificial estimulou empresas do setor a pensar em soluções tecnológicas e integradoras para o monitoramento de operações. Com soluções de tecnologia, as companhias podem otimizar o armazenamento e movimentação de mercadorias, se prevenindo de riscos que podem impactar e gerar prejuízos ao negócio, reduzindo custos imprevistos e aumentando a eficiência de suas equipes. No entanto, o país ainda enfrenta desafios significativos em sua infraestrutura logística, com problemas estruturais relacionados ao armazenamento e movimentação de mercadorias.
Fonte: © Estadão Imóveis
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