Hebert cria versões pretas do Jesus do Natal em pintura-colagem-digital, imagem inédita, série de Jesus, com mudança de tudo em seu trabalho plástico.
Um artista brasileiro que se destaca pela sua criatividade e inspiração em Jesus, cedeu uma imagem inédita da sua série de Jesus preto de 2024. Esse trabalho é apenas mais uma mostra da habilidade e originalidade do artista, que não se limita a criar apenas imagens de Jesus. Sua arte, que combina pintura e colagem digital, é uma verdadeira obra de arte, como demonstra a imagem da série Jesus preto, que 2024 já conquistou o coração de muitos.
Com forte inspiração funkeira, essa série de Jesus preto se tornou um marco na carreira do artista. A Ascenção Continua, de 2021, é um exemplo de perfeição na arte, mostrando a habilidade do artista em criar peças que são ao mesmo tempo, simples, mas profundas. O uso de Jesus como tema principal não é apenas uma escolha aleatória, mas sim uma forma de expressar e transmitir mensagens de uma maneira única e inspiradora. A arte é uma forma de arte que não pode ser ignorado, e essa série de Jesus preto é um exemplo disso.
Reinventando a Imagem de Jesus
O ano de 2020 foi marcado pela imagem de Jesus preto, que viralizou e mudou o curso de vida do artista plástico Hebert Bichara Amorim, conhecido por seu codinome artístico Artedeft. A imagem, que simbolizava a mudança de tudo, alcançou sete mil likes em um dia, e desde então, Hebert não deixa passar um Natal sem criar uma nova versão de Jesus, ‘da cor das pessoas que eu vejo’. ‘Eu estava imaginando algo novo, algo que não tinha sido feito antes’, lembra o artista.
Uma Série de Imagens
Desde então, Hebert tem produzido uma série de imagens de Jesus, cada uma com sua própria personalidade e estilo. ‘Eu gosto de pesquisar imagens antigas e recriar com nova roupagem, recortar, pintar o rosto digitalmente, ou pegar uma foto aleatória’, explica. O conteúdo inserido, das cores aos personagens, vem das vivências do artista, que nasceu e se criou na zona oeste do Rio de Janeiro. ‘Eu sou Flamengo, pô’, brinca.
Uma Mix de Técnicas
Hebert é autodidata, e sua técnica mistura pinturas e colagens digitais. ‘É o famoso faça você mesmo, sempre gostei muito de tecnologia, mesmo não tendo acesso, era muito caro’, lembra. Com 31 anos, ele começou a aprender meio que por osmose, vivendo na lanhouse perto de casa. ‘Eu vivia na lanhouse pôr mais de casa, comecei a aprender meio que por osmose’, diz.
Uma Exposição no MAR
O trabalho de Hebert não passou despercebido. O renomado jornal inglês The Guardian publicou reportagem de uma página sobre a exposição no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), destacando o trabalho do artista. ‘Ele é autodidata, mané’, como dizem os cariocas, e suas fortes criações mostram o cotidiano da favela, com menores negros vestindo camiseta, boné e tênis das marcas preferidas.
A Influência da Avó
Uma das experiências mais fortes e contraditórias para Hebert foram as idas à missa com a avó. Surgiram conflitos, questionamentos sobre as cores das pessoas, a fé, a realidade ao redor. ‘Por muito tempo pensei que era coisa da minha cabeça, nem eu entendia muito bem o que eu estava fazendo’, lembra. Na casa da avó, ‘tem muito símbolo, muita imagem, os dogmas da igreja. Eu acho que eu fui mais para igreja do que para a escola’. Os pais de Hebert, no entanto, são umbandistas.
A Escola e a Arte
Na escola, Hebert era aquele cara que as pessoas chamam de turista. ‘A Lapa é bem melhor do que a escola’, diz ele. Acontecia com Hebert o que rola com muitos jovens periférico para quem a escola não é a melhor opção. ‘Eu era aquele cara que as pessoas chamam de turista’, lembra.
Fonte: @ Terra
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