A ciência e a solidariedade permanecem, mas o combate ao vírus do negacionismo é urgente, diante de vítimas de infecções, dores psíquicas e sociais, e inovação científica em tempo recorde.
Pareciam cenas de um filme distópico, mas eram reais. Nos últimos dias de 2019 e no começo de 2020, notícias e imagens de uma enfermidade desconhecida começaram a surgir, vindo de uma região distante. A covid-19, ainda sem nome oficial, já se espalhava rapidamente, cruzando fronteiras e continentes, deixando um rastro de contaminações, óbitos e dúvidas. O mundo assistia, perplexo, ao início de uma crise global.
O novo coronavírus, identificado como Sars-CoV-2, logo se tornou o centro das atenções. A covid-19 transformou-se em uma pandemia que afetou milhões de pessoas em todos os cantos do planeta. Governos e cientistas corriam contra o tempo para entender e combater o vírus. A doença, que parecia distante, rapidamente se tornou uma realidade próxima, mudando a vida de todos de forma irreversível.
A chegada da covid-19 ao Brasil
A vida seguia normalmente entre os brasileiros, que celebravam o Carnaval com alegria e descontração. No entanto, a realidade assustadora da covid-19 chegou de forma abrupta na Quarta-feira de Cinzas, em 26 de fevereiro de 2020, há exatos cinco anos. Naquele dia, confirmava-se o primeiro caso da doença no Brasil, em um homem que havia retornado da Itália e foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Esse momento marcou o início de uma jornada que mudaria a vida de todos, trazendo consigo o medo dos outros, as dores psíquicas e sociais e o luto sem despedidas.
O impacto global da pandemia
Nos meses seguintes, o Brasil, assim como o resto do mundo, enfrentou os sintomas sufocantes da pandemia causada pelo Sars-CoV-2, também conhecido como novo coronavírus. Meia década após o início da maior crise de saúde pública desde a Gripe Espanhola de 1918, o legado da covid-19 permanece ambivalente. Por um lado, houve inovações científicas em tempo recorde, como o desenvolvimento de vacinas em menos de um ano. Por outro, o mundo testemunhou ondas de negacionismo e a disseminação de fake news, que dificultaram o combate à doença.
As vítimas e o legado da doença
Este capítulo da história não pode ser esquecido, especialmente para honrar as mais de 7 milhões de vítimas globais, incluindo 715 mil brasileiros. Além disso, milhões ainda enfrentam as sequelas da doença misteriosa, enquanto profissionais de saúde continuam a lidar com os traumas vividos na linha de frente. Apesar disso, pouco tempo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o fim do estado de emergência sanitária em maio de 2023, muitos já tratam a covid-19 como uma página virada, ignorando suas lições e impactos duradouros.
Lições e desafios da pandemia
Revisitar histórias de personagens simbólicos que viveram sob o jugo do Sars-CoV-2 é fundamental para evitar que erros sejam repetidos. Da primeira brasileira vacinada aos médicos que enfrentaram a morte de perto, os relatos destacam tanto os avanços da medicina quanto a decepção com a falta de cooperação global. A saída dos Estados Unidos e da Argentina da OMS é um exemplo claro da desvalorização da ciência em um momento crítico.
Fragilidades expostas e inovações
Declarada pandemia em 11 de março de 2020, a covid-19 escancarou fragilidades individuais e coletivas, desafiando a humanidade a buscar respostas diante do desconhecido. A colaboração entre pesquisadores, universidades e indústrias farmacêuticas resultou em uma corrida contra o relógio para desenvolver tratamentos e vacinas. No entanto, a doença também revelou casos assintomáticos e outros que evoluíam rapidamente para quadros graves e letais, deixando famílias inteiras em luto.
O cenário de guerra e a superação
O cenário era de guerra, com hospitais superlotados e caixões nas ruas, espalhando-se por países como China, EUA, Itália e Equador. Em meio ao medo dos outros e às dores psíquicas e sociais, a humanidade buscou superar a doença misteriosa com resiliência e inovação científica em tempo recorde. Apesar dos avanços, o legado da covid-19 serve como um alerta para que nunca subestimemos a importância da ciência e da cooperação global.
Fonte: @ Veja Abril
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