Os EUA têm 52 milhões de donos de criptomoedas com impacto nos estados-pêndulo e na criptoeconomia, sujeitos a regulamentações de criptomoedas
Na esteira das eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro de 2020, a população americana demonstrou uma forte relação com as criptomoedas, demonstrando um evento histórico no setor cripto. O candidato Donald Trump foi eleito presidente, sendo que os eleitores pró-cripto também podem ser considerados como os grandes campeões daquela disputa.
A eleição foi marcada pela forte participação de setores como a criptomoeda e a moeda digital, demonstrando o quanto o setor cripto está cada vez mais integrado à economia real. O fato de os Estados Unidos possuírem uma população de 52 milhões de donos de criptomoedas, onde 6,5 milhões deles moram nos chamados estados-pêndulo, reforça ainda mais a importância das criptomoedas no jogo eleitoral americano. Além disso, o bitcoin foi um dos tópicos mais debatidos entre os eleitores, sobretudo os mais jovens, que viram na eleição uma oportunidade de reivindicar os direitos e o espaço que eles acham devido em relação ao setor cripto.
Um futuro brilhante para as criptomoedas nos Estados Unidos
A criptoeconomia tem sido um tema cada vez mais relevante nos últimos anos, e os americanos estão começando a se dar conta de sua importância. Um estudo da Morning Consult revelou que 78% dos eleitores valorizam as criptomoedas e uma atualização do sistema financeiro do país. Além disso, 90% deles afirmaram que votariam em políticos que apoiassem sem mudanças no sistema financeiro, enquanto 74% disseram acreditar que as regulamentações de criptomoedas devem ser mais claras.
A corrida eleitoral dos Estados Unidos também viu os candidatos discutindo o tema da criptoeconomia. Donald Trump afirmou ter planos para garantir que os Estados Unidos sejam a capital mundial das criptomoedas e prometeu demitir Gary Gensler, presidente da SEC e à frente de intensas disputas contra empresas do setor. Já os democratas, como Kamala Harris, demonstraram apoio tímido ao setor, ainda que tentando se distanciar da postura rígida de Biden contra as criptomoedas.
Entre investidores, as semanas pré-eleições foram de expectativa e otimismo quanto a um cenário regulatório mais favorável ao setor no longo prazo. Isso, somado à melhora do cenário macroeconômico americano, impulsionou altas de preço do Bitcoin nos dias que antecederam as eleições.
Vitória cripto nas urnas
No dia 6 de novembro, enquanto Donald Trump subia ao palco em um resort de luxo em Palm Beach, Flórida, para fazer o discurso da vitória, o setor cripto consolidava (e comemorava) a vitória nas urnas. Segundo a plataforma Stand With Crypto, da Coinbase, 276 candidatos pró-cripto de ambos os partidos foram eleitos para a Câmara dos EUA, contra 122 considerados anti-cripto. Já para o Senado, a proporção é de 20 candidatos pró-cripto versus 12 opositores.
Entre os 50 estados americanos, 45 elegeram ao menos um político favorável às criptomoedas, com destaque para Califórnia (30), Texas (30) e Flórida (22). O apoio bipartidário esmagador – tanto no Congresso quanto nas urnas – é uma vitória para a proteção do consumidor e inovação, além de ser um sinal de crescente apoio a regras claras para ativos digitais nos EUA.
Expectativas otimistas para o futuro
O período pós-eleições tem sido de recordes para o Bitcoin, com a moeda já tendo acumulado aumento de cerca de 40% no seu valor de mercado desde a vitória do republicano. Os seguidos picos de US$92 mil, US$94 mil e US$99 mil confirmam a euforia do mercado e renovam a expectativa de que a moeda atinja o valor recorde de US$100 mil ainda este ano. A esperança de novas regras favoráveis ao setor, somada ao fim do período de aversão a riscos por parte de investidores, impulsionou um grande fluxo de capital em direção às criptomoedas, vindo principalmente dos ETFs de Bitcoin à vista, que registraram fluxo de entrada bilionário.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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