Delegado da Polícia Estadual de São Paulo, investigado após delação premiada, foi afastado pelo Departamento de Investigações Criminais após ser implicado em denúncias.
Francisco Lima Neto, de São Paulo, SP, (Folhapress) – O delegado Fábio Pinheiro Lopes, conhecido como Fábio Caipira, expressou seu descontentamento com o afastamento da direção do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), um dos órgãos mais decisivos da Polícia. Fábio Caipira, demonstrou seu desânimo, afirmando que o afastamento era uma injustiça.
Demonstrando seu descontentamento, o delegado Fábio Pinheiro Lopes, conhecido como Fábio Caipira, descreveu a situação como injusta. Ele expressou sua indignação frente à notícia do afastamento da direção do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), um dos órgãos mais importantes da Polícia Civil de São Paulo. Além disso, Fábio Caipira sublinhou a importância da força policial na manutenção da ordem e segurança pública, ressaltando a necessidade de uma política de segurança eficaz e justa.
Um Servidor Público com uma Longa Carreira na Força de Segurança
Tenho 32 anos de experiência em forças de segurança, sendo a polícia o meu campo de atuação. É possível verificar minha trajetória profissional, e sempre trabalhei para a polícia. Tenho uma história pessoal dentro da instituição. Agora, por causa de um episódio envolvendo um mentiroso, a gente é afastado…Mas eu tenho certeza de que tudo vai se esclarecer rapidamente’, afirmou em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, na sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, no centro da capital.
Decisão do Governo Paulista em Afastar um Servidor
O governo paulista decidiu afastar-me após a divulgação de trechos da delação de Antônio Vinicius Gritzbach, 38, morto ao sair do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro, implicando-me. O nome de Lopes aparece nas declarações feitas pelo delator do PCC ao Ministério Público de São Paulo, bem como o do deputado estadual Delegado Olim (PP) e o do ex-titular do 24º DP (Ponte Rasa) Murilo Fonseca Roque.
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Implicações da Delação Premiada
Gritzbach afirmou em delação que o advogado Ramsés Benjamin Gonçalves, que teria muita influência na polícia, fez proposta de um acordo, do qual Lopes, Olim e Roque fariam parte, para beneficiá-lo em investigações do Deic das quais era alvo. O empresário era o principal suspeito de ser mandante do assassinato de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021 na zona leste de São Paulo, e de outro membro do PCC. Em acordo de delação premiada, ele acusou policiais civis de exigirem propina para beneficiá-lo em investigações do Deic, como liberação do passaporte, desbloqueio de bens apreendidos, e não pedido de prisão.
Afirmações do Servidor Público
‘Que benefício ele teve no Deic? Tudo o que tinha que ser feito contra ele dentro da legalidade foi feito. Foi graças à nossa investigação que houve o acordo de delação premiada. Nós pedimos o bloqueio de 49 imóveis dele, de um helicóptero e de duas lanchas. O passaporte dele continua apreendido lá no Deic’, afirmou. Segundo ele, o advogado esteve em sua sala uma vez, em 29 de abril de 2022, e disse que queria falar sobre Gritzbach. ‘Eu direcionei para o delegado Rafael Cocito, que estava à frente da Delegacia de Crimes Patrimoniais no Deic. Ele falou que queria advogar para Gritzbach, mas não tinha procuração. O dr. Cocito explicou que sem procuração não era possível.’
Reunião com Autoridades
O delegado-geral de São Paulo e com Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública, foi quando soube oficialmente do afastamento. ‘O governador [Tarcísio de Freitas] tem a postura dele de governo, ele está incomodado pelos fatos recentes que aconteceram com a PM, o fato que aconteceu da operação da Polícia Federal, e achou por bem que eu fosse afastado até que isso fosse comprovado ou não’, afirmou. O delegado entrou em férias na última terça-feira (17). Se o caso não for comprovado, não sei o que vai acontecer comigo.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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