A gestora vê riscos domésticos em questões fiscais, ciclo de aperto da taxa dos juros e futuros posições que lucram com a incerteza.
A percepção de risco dos agentes financeiros em relação ao mercado brasileiro sofreu uma deterioração significativa nas últimas semanas, o que levou importantes gestoras do mercado local a adotarem estratégias mais cautelosas em relação aos ativos brasileiros.
Essa mudança de postura pode ter um impacto significativo nos investimentos em ações e fundos que têm o Brasil como foco. Além disso, a incerteza em relação ao futuro econômico do país pode levar a uma redução na confiança dos investidores, o que pode afetar negativamente o desempenho dos ativos brasileiros no mercado. É fundamental que os investidores estejam preparados para lidar com essa volatilidade.
Ativos em Foco: Mudanças nos Investimentos
Com o aumento das preocupações sobre as questões fiscais do país, as expectativas de inflação desancoradas e a comunicação confusa do Banco Central, os gestores de investimentos têm reajustado suas estratégias, especialmente em relação aos ativos que lucram com a alta das taxas dos juros futuros, a valorização do dólar frente ao real e a queda da bolsa. Essas mudanças refletem uma visão mais pessimista em relação às alocações domésticas.
Entre as instituições que adotaram essa abordagem mais cautelosa estão a Verde Asset, Kapitalo Investimentos, Ibiuna Investimentos, Legacy Capital, XP Asset Management e Occam. Essas empresas têm reavaliado suas posições em ativos locais, considerando os riscos associados ao cenário econômico atual.
Reajuste nas Posições de Investimento
A equipe de gestão da Verde, liderada por Luis Stuhlberger, revelou em carta mensal referente a agosto que reduziu significativamente sua exposição em ações locais. Essa decisão, combinada com a compra de proteções, levou a exposição do fundo à bolsa ao menor nível desde 2016. Essa mudança reflete a busca por ativos mais seguros e menos expostos aos riscos do mercado.
Essas estratégias de investimento buscam minimizar os impactos negativos do ciclo de aperto na Selic e das questões fiscais do país. Os gestores de investimentos estão priorizando ativos que possam lucrar com a alta das taxas dos juros futuros e a valorização do dólar frente ao real. Além disso, estão reduzindo suas exposições em ações locais e buscando proteções para minimizar os riscos associados ao mercado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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