Setor de seguros cresceu 4,10% em arrecadação de prêmios, mas enfrenta barreiras como alto custo e burocracia.
O mercado de seguros no Brasil tem apresentado um desempenho notável, com um crescimento real de 4,10% na arrecadação de prêmios até fevereiro deste ano. Isso demonstra a importância dos seguros na vida das pessoas, que buscam proteger seus bens e familiares contra imprevistos. O setor de seguros tem sido fundamental nesse sentido, oferecendo uma variedade de opções para atender às necessidades dos clientes.
Além disso, as seguradoras têm investido em tecnologia para melhorar a experiência do cliente e oferecer proteções mais personalizadas. Com a ajuda de apólices e certificados, as pessoas podem ter mais tranquilidade em relação ao futuro, sabendo que estão protegidas contra eventos inesperados. O setor de seguros é responsável por gerenciar esses riscos e fornecer seguros que atendam às necessidades específicas de cada cliente. Seguros de vida, saúde e automóvel são apenas alguns exemplos de como as seguradoras podem oferecer proteções eficazes. Com a evolução do mercado, é provável que os seguros continuem a desempenhar um papel fundamental na economia e na vida das pessoas.
Seguros: Um Mercado em Expansão
O seguro de vida, por exemplo, atingiu o montante de R$ 5,84 bilhões no ano, avanço real de 6,14% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). No entanto, entidades e empresas do setor de seguros sabem que há barreiras para uma maior cultura de adesão a seguros no Brasil. Os principais entraves foram mapeados e divulgados, destacando a falta de educação financeira, produtos inadequados, alto custo dos produtos, desconfiança e burocracia como as principais barreiras para o acesso aos seguros. Isso afeta diretamente a contratação de apólices e a emissão de certificados, que são fundamentais para a proteção dos consumidores.
A falta de educação financeira gera a falta de empoderamento do consumidor e dificulta o processo de escolha consciente, deixando o cidadão ou a empresa com maior probabilidade de sujeição a abusos. Além disso, a complexidade dos contratos de seguros pode ser um obstáculo para a compreensão dos benefícios e das proteções oferecidas. Não há campanhas eficazes para desmistificar o seguro como um produto acessível e útil para populações vulneráveis, o que pode ser um fator limitante para a expansão do mercado de seguros.
Desafios e Oportunidades para os Seguros
O documento do Grupo de Trabalho (GT) ‘Política Nacional de Acesso ao Seguro’ traz um compilado de todas as discussões realizadas e das conclusões alcançadas depois de mais de dois meses de reuniões com mais de 35 participantes, incluindo representantes de seguradores, segurados, corretores de seguro, resseguradores, insurtechs, especialistas e autoridades públicas, como o Banco Central. Em relação ao perfil dos produtos, a avaliação do GT é de que muitos seguros não atendem às necessidades específicas de públicos como mulheres, LGBTQI+, PCDs, microempreendedores e trabalhadores informais, o que pode ser um obstáculo para a contratação de apólices e a emissão de certificados.
A ausência de coberturas personalizadas para realidades regionais e segmentos vulneráveis, como preços elevados que tornam o seguro inacessível para populações de baixa renda, também foram citadas como desafios. No entanto, a criação de produtos que atendam às necessidades específicas das micro e pequenas empresas (MPEs) pode contribuir para aumentar a formalização e preparar microempreendedores para gerir crédito e seguros, oferecendo proteções adequadas e acessíveis.
Um Futuro Promissor para os Seguros
O Brasil tem um potencial enorme de crescimento para o mercado de seguros, mas, para alcançar o objetivo, precisamos traçar as estratégias corretas, sempre levando em conta que o constante diálogo com todos aqueles que compõem o mercado de seguros em sentido amplo é essencial para que seja dada concretude a qualquer estratégia. As recomendações, agrupadas em oito grandes temas, ajudarão a embasar o aperfeiçoamento regulatório e a construção da Política Nacional de Acesso ao Seguro, a ser criada pela Susep. Com a implementação dessas estratégias, é possível aumentar a cultura de adesão a seguros no Brasil, oferecendo mais opções de apólices, certificados e proteções para os consumidores, e contribuindo para o crescimento do setor de seguros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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