O Santander Brasil reduziu projeção do PIB do 2ºtri devido ao impacto negativo das enchentes, gerando recuperação com rebote.
O PIB do Rio Grande do Sul (RS) pode sofrer um impacto negativo devido às enchentes, refletindo nos dados do segundo trimestre. A recuperação da região, no entanto, pode resultar em um ‘rebote parcial’ no Produto Interno Bruto (PIB) do trimestre seguinte, conforme análise de especialistas.
Os efeitos das enchentes na economia do Rio Grande do Sul (RS) serão observados no PIB do estado, com possibilidade de recuperação no Produto Interno Bruto (PIB) em trimestres subsequentes. A resiliência da região será fundamental para superar os desafios econômicos e promover o crescimento sustentável.
Impacto das enchentes no PIB: Santander Brasil revisa projeções
Diante da premissa de impacto das enchentes, o Santander Brasil recentemente ajustou suas projeções para o Produto Interno Bruto brasileiro. A instituição reduziu a projeção de crescimento do PIB do segundo trimestre de 0,3% para 0,1%, enquanto aumentou a estimativa para o terceiro trimestre de 0,5% para 0,6%. O economista Gabriel Couto destaca que, caso o impacto negativo seja mais significativo, a recuperação também tende a ser mais robusta. Couto ressalta que a duração do efeito das enchentes pode variar entre os setores econômicos, sendo mais rápido em segmentos de serviços, por exemplo. Por outro lado, a indústria pode sofrer um impacto mais duradouro devido à perda de capacidade produtiva e destruição do capital fixo.
Projeção otimista: Banco Santander eleva expectativas para o PIB de 2024
Apesar do cenário desafiador, o Banco Santander elevou sua projeção de crescimento do PIB para o ano de 2024, passando de 1,8% para 2,0%. Essa revisão foi impulsionada pelas condições mais aquecidas do mercado de trabalho, embora parcialmente compensada pelo efeito baixista estimado das consequências das enchentes no Rio Grande do Sul. A XP, por sua vez, também ajustou para baixo sua estimativa para o PIB do segundo trimestre, reduzindo de 0,5% para 0,1%.
Impacto das enchentes: XP analisa setores mais afetados no Estado
O economista Rodolfo Margato, da XP, destaca que a indústria e os serviços do Estado são os setores mais impactados pelas enchentes, com possíveis reflexos também no setor agropecuário. Ele prevê que o impacto negativo sobre a atividade econômica será mais concentrado no segundo trimestre, com uma compensação parcial esperada para a segunda metade do ano, especialmente no terceiro trimestre. A XP mantém, por enquanto, sua projeção de crescimento de 2,2% para o PIB de 2024, mas com um viés de baixa adicionado à estimativa.
Previsões do Banco MUFG Brasil: ajustes no horizonte
O Banco MUFG Brasil ainda não revisou sua projeção para o PIB do segundo trimestre, mas o economista-chefe Carlos Pedroso indica uma possível redução na estimativa de crescimento de 0,6%. Ele acredita que parte do impacto negativo poderá ser compensado no trimestre seguinte, por meio de investimentos e esforços de reconstrução. A instituição mantém, por enquanto, a projeção de crescimento de 2,1% para o PIB de 2024. Pedroso ressalta a importância de avaliar a profundidade do impacto das enchentes no Rio Grande do Sul e o efeito de recuperação para decidir sobre uma revisão para baixo.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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