Redes municipais de educação conquistam prêmio com projetos que incluem dicionário antirracista.
Quatro projetos de educação antirracista da rede municipal de Rio Branco foram contemplados no 6º Prêmio Acreano de Educação das Relações Étnico-Raciais, um resultado que destaca a importância da educação na construção de uma sociedade mais justa. Nesta edição, os ganhadores foram selecionados dentre mais de 50 propostas submetidas pelos municípios acreanos, com destaque para os projetos desenvolvidos em Rio Branco, que demonstram um compromisso real com a educação e a formação de professores.
Um dos vencedores foi o projeto “Educação Antirracista na Infância”, desenvolvido pela Diretoria de Ensino da Prefeitura Municipal de Rio Branco. Este projeto visa combater a desigualdade racial a partir da infância, proporcionando ensino inclusivo e respeitoso com a diversidade. Outro projeto vencedor foi o da Secretaria Municipal de Educação, intitulado “Desafio da Luta contra Racismo”, que visa promover uma educação mais crítica e refletiva sobre as questões raciais no Brasil. Esses projetos não apenas demonstram o compromisso da rede municipal com a educação antirracista como também destacam a importância de ensinar e aprender sobre a diversidade e a igualdade racial.
Conquistas na Educação
Em uma notável demonstração de compromisso com a igualdade racial, três professoras e uma gestora da rede municipal de ensino do Acre foram reconhecidas por seus projetos inovadores, que buscam superar o racismo e as desigualdades geradas por ele, promovendo uma educação inclusiva e respeitosa. A cerimônia de entrega desses prêmios ocorrerá em 14 de novembro, reconhecendo o esforço dessas profissionais na construção de uma identidade mais forte e inclusiva para as crianças.
A entidade FPEER, uma organização não-governamental, criada em 2008, lançou essa premiação para destacar iniciativas que promovem a igualdade racial em escolas. A secretária Nabiha Bestene destaca que essas ações visam garantir uma educação que supere o racismo e as desigualdades, além de promover a intensificação da construção da identidade dessas crianças.
Os projetos vencedores foram:
– Joana Marques de Lima Saar Xavier, professora da Creche Sagrado Coração de Maria, com o projeto ‘Brincadeiras para Infância Antirracista’, na modalidade ensino infantil, que utiliza brincadeiras e histórias para promover a igualdade racial.
– Áurea Maria Ferreira de Souza, professora da Escola Maria Aldeiza Rodrigues Pereira, com o projeto ‘Conto Africano: ‘O Casamento da Princesa’’, na modalidade ensino infantil, que busca promover a valorização da herança africana.
– Maria Antônia da Silva de Souza, gestora da Escola Francisco de Paula Leite Oiticica Filho, com o projeto ‘Sexta Cultural – Cultura Africana e Indígena’, na modalidade ensino fundamental (anos iniciais), que valoriza a cultura indígena e africana.
– Rosana Nobre de Souza, professora na Escola Álvaro Vieira da Rocha, com o projeto ‘Dicionário antirracista – o conhecimento liberta’, na modalidade ensino fundamental (anos iniciais), que promove a conscientização sobre a igualdade racial.
A valorização da herança africana é um tema relevante, especialmente considerando que o tema do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 é ‘Desafios para a valorização da herança africana no Brasil’. A professora Daniela Toffoli do Curso Anglo considera que esse tema não é óbvio, mas segue o padrão do Enem, que busca cobrar temas complexos e relevantes.
A análise crítica da influência da herança africana na identidade dos brasileiros e sua desvalorização histórica são pontos centrais para o aluno abordar nessa redação. A conscientização sobre a importância da inclusão da herança africana na educação e na sociedade é fundamental para a construção de uma identidade mais forte e inclusiva.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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