Tecnologias emergentes transformam a comunicação, levantando questões éticas e legislativas urgentes. Comunicadores têm oportunidades e responsabilidades.
O advento da IA generativa ampliou a ameaça de que as falsas-informações causem danos não apenas financeiros, mas também à reputação das empresas, provocando reflexões sobre a dualidade da tecnologia como vilã ou aliada. Diante desse cenário, um dos momentos mais esperados durante o recente AberjeTrends, realizado na terça-feira (25), foi a discussão acerca desse tema crucial.
É fundamental estarmos atentos aos impactos das informações-falsas no ambiente digital, buscando estratégias eficazes para mitigar seus efeitos negativos. A disseminação de falsas-informações pode minar a confiança do público e comprometer a integridade das organizações, reforçando a importância de um debate contínuo sobre a responsabilidade no compartilhamento de conteúdo na era da informação instantânea.
Desafios e Oportunidades na Era das Falsas-Informações
O evento contou com a parceria do InfoMoney como media partner, trazendo à tona a importância de combater as informações falsas que circulam na internet. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, de acordo com especialistas, têm potencial de crescimento nos próximos meses e anos.
Mediada por Suelma Rosa dos Santos, vice-presidente de Assuntos Corporativos da PepsiCo para a América Latina, a mesa de discussão explorou como as tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, estão transformando a comunicação e levantando questões éticas e legislativas urgentes.
As mudanças rápidas no cenário atual não esperam pela adaptação da lei ou dos profissionais que lidam com elas, mas apresentam oportunidades para os comunicadores se destacarem. Pamela Vaiano, sócia e superintendente de Comunicação Corporativa do Itaú Unibanco; Adriana Moucherek, diretora de marketing, comunicação, Trade e Inteligência de Dados na Ajinomoto do Brasil; e Fabio Rua, vice-presidente de Relações Governamentais, Comunicação e ESG da General Motors América do Sul, compartilharam suas visões durante o Aberje Talks.
A preocupação unânime entre os executivos presentes é não apenas a velocidade com que as fake news se propagam, mas também as consequências devastadoras que podem acarretar. ‘Estamos vivendo um momento de grande desinformação. As falsas-informações se espalham hoje 70% mais rápido, o que torna crucial checar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, evitando prejuízos incalculáveis’, destaca Pamela Vaiano.
Neste contexto desafiador, cerca de 51% dos usuários verificam a origem das notícias antes de compartilhá-las, evidenciando a importância de combater as informações falsas. O mercado financeiro, em particular, é frequentemente alvo de falsas-informações, o que pode gerar pânico e desinformação entre os investidores.
Os participantes compartilharam experiências em que suas empresas foram impactadas negativamente por informações falsas disseminadas. A General Motors, por exemplo, enfrentou em 2023 um boato infundado sobre o encerramento de suas operações no Brasil, o que exigiu uma resposta rápida e eficaz para conter os danos.
‘Para nós, as fake news representaram um desafio significativo, prejudicando nossas vendas e abalando a confiança de nossa equipe. Atuamos com transparência e compromisso, reafirmando nosso compromisso com o Brasil e anunciando um investimento de R$ 7 bilhões’, relata Fabio Rua.
Os debatedores discutiram os desafios enfrentados pelos profissionais de comunicação na era das falsas-informações, destacando a importância do fact-checking e da adaptação às rápidas mudanças tecnológicas. A mesa também ressaltou a relevância da legislação e da ética na comunicação contemporânea, bem como a necessidade de estabelecer uma comunicação eficaz com os diversos públicos, transmitindo informações corretas e confiáveis.
Fonte: @ Info Money
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