Plano federal estabelece metas para tecnologia-educacional até 2028.
A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no dia a dia de alunos e professores em todo o Brasil, trazendo inovação e opportunidades para o ensino. Com o avanço das tecnologias, muitas escolas agora contam com recursos como inteligência artifical, que permitem a criação de materiais personalizados para cada aluno, facilitando a compreensão de conceitos complexos.
Os especialistas destacam que o uso da inteligência artificial como uma ferramenta pode ser benéfico, desde que seja usado de forma responsável e com os devidos cuidados. Além disso, a IA pode ser usada para desenvolver habilidades valiosas na era digital, como a capacidade de resolver problemas, trabalhar em equipe e pensar criativamente. Para evitar um uso excessivo, é preciso criar regras claras para o uso da inteligência artifical em ambientes de aprendizado.
Revolução na Educação
No Piauí, o ensino de inteligência artificial é uma realidade. Anael Victor Marinho, estudante de 16 anos, é um dos primeiros a experimentar essa nova disciplina. Ele acredita que essa tecnologia é fundamental para seu futuro e está otimista com os resultados. ‘A inteligência artificial é como um professor que ajuda a melhorar a escrita. Ele aponta os erros e fornece exemplos de como melhorar’, afirma o estudante.
Seu professor, David Abreu, está igualmente entusiasmado. Ele leciona espanhol e agora também é responsável por ensinar inteligência artificial. ‘É gratificante ver os alunos empolgados com essa nova disciplina’, diz o professor. Ele acredita que a inteligência artificial pode mudar a forma como os alunos aprendem e se prepara para o futuro.
O Piauí é o primeiro estado do continente americano a implementar o ensino de inteligência artificial na educação básica. A disciplina é obrigatória para os alunos do 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio a partir de 2024. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu essa conquista.
A inteligência artificial pode ser usada para oferecer um ensino personalizado, corrigir problemas crônicos da educação, como a evasão escolar, e auxiliar a gestão das escolas. Contudo, os especialistas alertam que é preciso ter responsabilidade, uma boa formação dos professores e ética para o uso dessas ferramentas.
‘O aluno tem que aprender a usar a inteligência artificial para fazer pesquisa sem perder a sua autoria. Isso precisa ser ensinado e, para isso, os professores têm que ter condições de poderem ter a sua competência digital desenvolvida para poder ensinar’, explica Claudia Costin, presidente do Instituto Salto e ex-diretora global de educação do Banco Mundial.
Para Paulo Blikstein, professor na Escola de Educação da Universidade de Stanford e co-fundador do Centro Lemann de Stanford, revoluções na educação são difíceis por se tratar de um sistema grande e complexo, mas, com os professores tendo controle das ferramentas, é possível implementar no dia a dia. ‘É claro que a inteligência artificial pode fazer muito pela educação, muito bem e muito mal. Ela pode fazer muito bem se quem tiver no controle dessas ferramentas de Inteligência Artificial serão os professores’, completa.
Já Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú, vê o Brasil seguindo a tendência mundial de adotar a inteligência artificial em diversas áreas, incluindo a educação. ‘A inteligência artificial pode ser um aliado importante para melhorar a qualidade do ensino e ajudar os alunos a alcançar seus objetivos’, afirma.
A integração da inteligência artificial na educação é uma realidade no Piauí e tem o potencial de mudar a forma como os alunos aprendem e se prepara para o futuro. No entanto, é crucial que os professores tenham a competência digital necessária para ensinar essa disciplina e que os alunos sejam ensinados a usar a inteligência artificial de forma responsável.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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