Texto aprovado pela Câmara aguarda sanção de Lula para período de transição na formação geral básica, itinerários formativos e jornada total de estudo técnico.
A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (9), o projeto que reestrutura o Ensino Médio.
O Ensino Secundário, também conhecido como Segundo Grau, passará por mudanças significativas com a implementação desse novo modelo. A atualização do currículo do Ensino Médio visa proporcionar uma formação mais abrangente e alinhada com as demandas do mercado de trabalho. Essa reforma no Ensino, que busca melhorar a qualidade da educação, é um passo importante para o desenvolvimento dos estudantes.
Novas Diretrizes para o Ensino Médio
Agora, o Ministério da Educação (MEC) está aguardando a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para efetivar as mudanças de forma prática. Segundo o parecer do relator Mendonça Filho (União-PE), a implementação de todas as novas regras está prevista para iniciar em 2025, com um período de transição para os alunos que estiverem no ensino médio nesse momento.
Uma das mudanças mais significativas na vida dos estudantes será a alteração na carga horária total para os três anos do ensino médio. Atualmente, a jornada de estudo é dividida em 1.800 horas para a formação geral básica e 1.200 horas para os itinerários formativos escolhidos pelos alunos, como linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Isso totaliza 3 mil horas, a serem cumpridas ao longo dos três anos do ensino médio, com 5 horas diárias em cada um dos 200 dias letivos do ano.
Caso o presidente Lula sancione o texto aprovado pelo Congresso, a divisão da carga horária será ajustada para 2.400 horas destinadas à formação geral básica e 600 horas para os itinerários formativos. Essas mudanças se aplicam aos estudantes que não optarem pelo ensino técnico.
A elaboração dos itinerários formativos, atualmente responsabilidade do Ministério da Educação, passará a ser feita pelo Conselho Nacional de Educação, composto por membros da sociedade civil indicados pelo MEC. Essas alterações visam aprimorar o sistema educacional e proporcionar uma formação mais abrangente aos estudantes.
Para os alunos que escolherem a formação técnica, a carga horária será distribuída em 1.800 horas para a formação geral básica, 300 horas para aprofundamento em disciplinas da Base Nacional Comum Curricular relacionadas à formação técnica profissional e 900 horas para disciplinas do curso técnico escolhido.
A oferta do ensino técnico poderá ser realizada em parceria entre as secretarias de Educação dos estados e instituições credenciadas de educação profissional. O espanhol, apesar de não ser obrigatório, continuará sendo uma disciplina opcional, conforme o relator Mendonça Filho.
Além disso, para as comunidades indígenas, o ensino médio poderá ser ministrado em línguas maternas, respeitando a diversidade cultural do país. Essas mudanças visam promover uma educação mais inclusiva e adaptada às necessidades dos estudantes.
Impacto das Novas Diretrizes no Ensino Médio
As mudanças propostas no ensino médio têm o objetivo de modernizar o currículo e adequá-lo às demandas da sociedade contemporânea. Com uma maior ênfase na formação geral básica e na diversificação dos itinerários formativos, os estudantes terão a oportunidade de desenvolver habilidades diversas e explorar áreas de interesse específicas.
A nova divisão da carga horária busca equilibrar a formação geral com a formação técnica, proporcionando aos alunos uma base sólida de conhecimentos e competências, ao mesmo tempo em que lhes permite aprofundar-se em áreas de seu interesse. Essa abordagem visa preparar os estudantes para os desafios do mercado de trabalho e para a continuidade de seus estudos em níveis superiores.
Ao descentralizar a elaboração dos itinerários formativos e promover parcerias entre as secretarias de Educação e instituições de educação profissional, o novo modelo de ensino médio busca estimular a inovação e a colaboração no processo educacional. A diversificação das opções de formação técnica e a flexibilização do currículo visam atender às diferentes demandas e aspirações dos estudantes, promovendo uma educação mais personalizada e alinhada com as necessidades do século XXI.
Essas mudanças representam um avanço significativo no ensino médio brasileiro, tornando-o mais dinâmico, inclusivo e adaptado às transformações sociais e tecnológicas. Com uma abordagem mais flexível e diversificada, o novo modelo de ensino médio visa formar cidadãos críticos, criativos e preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
Fonte: © CNN Brasil
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