Projeção baseada em cenários passados de trocas na diretoria da empresa estatal. Analistas avisam expectativa de outras demissões, incluindo substitutos de Lula. Olha para desenvolvimento da indústria nacional, claramente reviravolta pode ocorrer. Não negada reação do mercado às demissões efêmeras.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Valor preveem uma redução de aproximadamente 10% nos papéis da Petrobras durante o pregão de hoje (15), após a notícia da saída do presidente da organização, Jean Paul Prates. Essa previsão leva em consideração eventos anteriores de mudanças na gestão da empresa.
A despedida de Prates do cargo de presidente da Petrobras também pode impactar a confiança dos investidores e acarretar em uma possível remoção de outros executivos da companhia. A expectativa é de um dia agitado no mercado financeiro, com reflexos significativos nos negócios da empresa.
Repercussões da demissão de Prates; na Petrobras
Os analistas consultados não descartam a possibilidade de haver outras demissões de membros da diretoria da estatal. Além disso, a despedida de Prates; e a possível remoção de outros executivos são cenários que não podem ser ignorados. A expectativa é que a substituta apontada por Lula, Magda Chambriard, traga um olhar mais voltado para o desenvolvimento da indústria nacional, o que pode resultar em mudanças significativas no cenário da empresa.
De acordo com um especialista, o desempenho de Chambriard na presidência da Petrobras dependerá de como ela conseguirá navegar no ambiente político atual. A Ativa Investimentos considera a decisão de demitir Prates; como negativa, o que coloca em xeque os compromissos da companhia, como a remuneração aos acionistas e os planos de investimentos.
A corretora destaca que Prates desempenhava um papel importante, equilibrando interesses econômicos e políticos com sabedoria. Ilan Arbetman, analista da Ativa, observa que a sucessão na empresa surpreendeu a todos, mas durante a teleconferência de resultados, foi possível perceber um tom mais ‘pró-mercado’ vindo da diretoria da Petrobras.
A reviravolta na situação, com a demissão de Prates; e a nomeação de Chambriard, traz uma nova perspectiva para a empresa. A busca por uma gestão mais alinhada com o Estado pode indicar mudanças significativas no rumo da Petrobras. A reação negativa do mercado à substituição é claramente percebida, refletindo a incerteza e insegurança dos investidores.
Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca que o último ano foi um teste para a governança da Petrobras, com parte das diretrizes mantidas. A substituição de Prates levanta questionamentos sobre as mudanças que serão implementadas e o foco estratégico da empresa daqui para frente.
João Coutinho, economista e diretor da RJ+Asset, avalia que a mudança no comando da estatal reflete a busca de uma empresa mais servidora ao Estado por parte do presidente Lula. A expectativa de mudanças substanciais na gestão e no foco estratégico não se concretizou, o que gera incertezas no mercado.
Frederico Nobre, chefe de análises da Warren Investimentos, aponta que a nomeação de Magda Chambriard pode gerar uma reação negativa do mercado, dada sua postura mais desenvolvimentista e críticas anteriores à distribuição de dividendos da Petrobras. A troca inesperada na diretoria aumenta a insegurança em relação ao futuro da estatal.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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