Camilly, passageira da motocicleta conduzida pelo namorado de 20 anos, foi atingida por um agente da GCM da Secretaria Municipal.
A Polícia Civil está apurando a morte da jovem Camilly Pereira de Lima, de 17 anos, que foi alvejada pelas costas por um agente da GCM (Guarda Civil Metropolitana) na madrugada da última sexta-feira (23) no Capão Redondo, região sul de São Paulo. Camilly estava na garupa da motocicleta dirigida pelo namorado, um rapaz de 20 anos, quando foi atingida.
O falecimento da estudante gerou comoção na comunidade local, que exige respostas sobre o trágico evento. O caso de assassinato chocou a população e levanta questionamentos sobre a segurança na região. As autoridades prometem empenho na resolução do crime e na punição dos responsáveis pelo ato de violência.
Morte Trágica de Camilly: Família e Amigos em Luto
Ela estava prestes a concluir o ensino médio e tinha grandes planos para o futuro, conforme revelado por seu pai, Sidney dos Santos, 44 anos. A jovem, que residia com a avó, tinha uma paixão declarada pelo Palmeiras, como mostravam suas fotos nas redes sociais. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo emitiu um comunicado oficial expressando pesar pela morte da adolescente e solicitando o afastamento do agente envolvido na tragédia.
O Guarda Civil Metropolitana (GCM) Marcelo Teles dos Santos, 35 anos, relatou em seu depoimento que efetuou o disparo devido ao susto provocado por ruídos de motocicletas, que ele confundiu com tiros. Dirigindo a viatura com outros três GCMs, ele foi o único a disparar durante a ocorrência. Segundo seu relato, ao adentrar uma rua, avistou alguns motociclistas e ‘ouviu sons e um clarão que se assemelhavam a disparos de arma de fogo’, agindo por instinto de autopreservação ao efetuar o tiro.
O namorado de Camilly, em seu depoimento, descreveu o momento em que ouviu o disparo de arma de fogo enquanto conduzia sua motocicleta pela região. Ao perceber que a jovem estava ferida, ele a levou imediatamente ao hospital com a ajuda de um amigo. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela família da vítima mostram parte da perseguição da GCM a uma motocicleta, contradizendo a versão dos guardas, que alegaram a presença de outras motos na cena.
O advogado de defesa do GCM Marcelo Teles dos Santos contestou as evidências apresentadas, argumentando que os vídeos não são conclusivos e que novas provas serão apresentadas no momento adequado. O delegado responsável pelo caso determinou o indiciamento do guarda por homicídio culposo, após analisar as versões dos envolvidos e concluir pela responsabilidade de Santos no trágico desfecho.
A investigação conduzida pelo 47º DP (Capão Redondo) revelou a apreensão da arma utilizada pelo GCM, que foi encaminhada para perícia. O delegado ressaltou a falta de testemunhas e câmeras de monitoramento próximas ao local, mas decidiu pela responsabilização do agente diante das circunstâncias. A morte de Camilly deixou familiares, amigos e a comunidade consternados, aguardando por justiça e esclarecimentos sobre o trágico episódio.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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