UFU conquistou prêmio Melhor Uso de Tecnologia com rede neural profunda em hackathon da NASA, aplicando técnicas de inteligência artificial em detecção sísmica para melhorar registros sísmicos, contribuindo para a medicina com detecção de tumores em imagens de corpos celestes, demonstrando oportunidade de aprendizado.
Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), conquistou um feito inédito para a América do Sul na competição global Nasa Space Apps Challenge. Com o projeto 42 Quake Heroes, que aprimora a identificação de tremores na Lua e em Marte, os estudantes fizeram história ao vencer a competição na categoria Melhor Uso de Tecnologia.
A competição, organizada pela NASA, reuniu 26.000 participantes de todo o mundo, tornando o triunfo dos estudantes da UFU algo inesperado, mas igualmente merecedor de aplausos. O projeto 42 Quake Heroes é um exemplo de como a Instituição de ensino superior pode servir como incubadora de ideias inovadoras e talentos, que, ao serem apoiados, podem se desenvolver e alcançar o ápice no cenário global. A Faculdade de Ciências Exatas da UFU deve ser bastante orgulhosa de seus estudantes, que, com esse feito, também demonstraram a capacidade de transformar conhecimento em algo concreto.
Equipe da UFU chega à final do maior hackathon do mundo
A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é a porta de entrada para o sucesso, e a equipe de estudantes e ex-alunos que participou do Nasa Space Apps Challenge é um exemplo disso. Com a finalização do evento, em 2024, a equipe se destacou como uma das mais talentosas do mundo, com mais de 93,5 mil participantes, incluindo a Faculdade de Computação da UFU, Institution de ensino superior e Universidade.
Projeto de detecção sísmica em Marte e Lua
A equipe da UFU, formada por Gabriel Chayb, Larissa Mello, Ana Borges, Gustavo Matos, Gustavo Tavares e Alailton Alves Junior, se defrontou com o desafio ‘Detecção sísmica em todo o sistema solar’, considerado o mais avançado do evento. A Universidade Federal de Uberlândia forneceu o incentivo necessário para o desenvolvimento do projeto.
Técnicas de inteligência artificial
O projeto desenvolvido pelos estudantes da UFU melhora a detecção de tremores em Marte e na Lua, otimizando a transmissão de dados para a Terra e reduzindo custos de energia. A solução utiliza uma rede neural profunda (deep neural network – DNN) treinada especificamente para identificar com precisão o início de abalos sísmicos em corpos celestes, uma técnica inspirada em aplicações na medicina para detecção de tumores, adaptada para analisar registros sísmicos de missões espaciais.
Aprendizado e oportunidades
A equipe surgiu em 2023, quando Larissa Mello e Gabriel Chayb discutiram a possibilidade de participar do hackathon. Em seguida, reuniram colegas com diferentes especializações para encarar o desafio. Cada membro teve um papel fundamental: Chayb liderou o time e desenvolveu o backend; Mello estruturou a estratégia; Matos e Junior treinaram a inteligência artificial; Tavares contribuiu para o site e o projeto, enquanto Borges cuidou do design e storytelling. ‘A Universidade Federal de Uberlândia nos criou cientificamente. Se a Universidade não existisse, provavelmente esse projeto também não existiria’, destaca Borges, ressaltando o papel da Universidade na trajetória do grupo.
Reconhecimento e celebração
Como parte da premiação, os estudantes embarcarão para os Estados Unidos em junho de 2025, onde visitarão instalações da Nasa e poderão interagir com cientistas da agência. Para Gabriel Chayb, a conquista é uma oportunidade não apenas de aprendizado, mas também de incentivo à ciência e à educação. ‘Temos um palanque para divulgar a ciência. Queremos mostrar que vale a pena estudar em uma Universidade como a UFU’, afirma o líder da equipe. A Faculdade de Computação da UFU também celebrou a vitória. ‘Para nós, é um orgulho enorme ter alunos e ex-alunos conquistando um prêmio global tão relevante’, comenta Mauricio Escarpinati, diretor da faculdade.
Jornada do time
A jornada do time pode ser acompanhada pelo Instagram oficial do projeto: @42quakeheroes. Além disso, a premiação está disponível no canal do Nasa Space Apps Challenge no YouTube.
Fonte: © MEC GOV.br
Comentários sobre este artigo