Aos 21 anos, Felipe Cardoso se destaca no Atlético de Alagoinhas após superar maus bocados, incluindo lesão de ligamento cruzado anterior e a pandemia de covid-19.
A repetição de desafios, tão bem representada por Carlos Drummond de Andrade no poema ‘No meio do caminho’, reflete a trajetória de Felipe Cardoso, um atleta que enfrentou inúmeras dificuldades ao longo de sua carreira. Mesmo diante de adversidades, ele nunca abandonou seus sonhos, mantendo-se firme em sua jornada. Felipe Cardoso é um exemplo de resiliência, mostrando que, como disse Drummond, “a confiança é ato de fé, e esta dispensa raciocínio”.
Além de ser um talentoso jogador de futebol, Felipe Cardoso também se destacou como meia-atacante, conquistando o respeito de torcedores e colegas de profissão. Sua história vai além dos campos, pois ele é um sobrevivente da tragédia que marcou sua vida, transformando dor em força para seguir em frente. A determinação de Felipe Cardoso é inspiradora, e sua trajetória continua a motivar aqueles que buscam superar seus próprios obstáculos.
Felipe Cardoso: A trajetória de um sobrevivente e jogador de futebol
Felipe Cardoso, de 21 anos, é um jovem talento que nasceu na capital paulista e, após morar um tempo em Santos, hoje atua como jogador de futebol no Atlético de Alagoinhas, equipe que disputa o Campeonato Baiano. No entanto, o que mais chama atenção em sua história é o fato de ele ser um dos sobreviventes da tragédia do Ninho do Urubu, ocorrida em 2019. Além de enfrentar o luto pelos colegas que perderam a vida, o meia-atacante precisou lidar com uma série de desafios, como a pandemia de covid-19 e uma grave lesão de ligamento cruzado anterior (LCA) no joelho, que atrasou sua ascensão no futebol.
Os desafios de Felipe Cardoso após a tragédia
Após a tragédia do Ninho, Felipe Cardoso passou por maus bocados. A pandemia de covid-19 o deixou um ano sem atuar em campo, e, quando parecia que as coisas estavam se encaminhando, ele sofreu uma lesão de ligamento cruzado anterior durante um treino. O jogador, que estava em sua melhor fase no sub-20 do Red Bull Bragantino, viu seu processo de formação ser interrompido bruscamente. ‘Estava no meu melhor momento, fazendo gols e atuando bem, mas rompi o ligamento em um lance bobo de treino’, relembrou Felipe Cardoso em entrevista exclusiva.
O impacto psicológico e a recuperação da lesão
A lesão de ligamento cruzado anterior não afetou apenas o físico de Felipe Cardoso, mas também seu psicológico. O jogador admitiu que foi um baque enorme, especialmente após já ter enfrentado a pandemia e a tragédia do Ninho. ‘Tive muitos problemas psicológicos. Quando estava me recuperando da pandemia e jogando bem, rompi o joelho. Foram nove meses afastado, e isso me atrapalhou muito’, contou. A recuperação da lesão foi longa e dolorosa, mas Felipe conseguiu superar mais esse obstáculo.
O recomeço no Atlético de Alagoinhas
Após superar a lesão, Felipe Cardoso voltou a campo, mas os primeiros meses foram marcados por receios e dificuldades. ‘Quando você volta, há um medo de se lesionar novamente. Mas voltei bem, e as coisas foram acontecendo’, disse. Ele passou por clubes como o Azuriz, mas não conseguiu se firmar devido à falta de minutagem. Agora, no Atlético de Alagoinhas, o meia-atacante busca se recolocar no mercado. Em três jogos, ele já registrou uma assistência e marcou dois gols, incluindo um golaço na vitória sobre o Bahia na Arena Fonte Nova.
O legado de Felipe Cardoso
Felipe Cardoso carrega consigo não apenas a responsabilidade de se destacar como jogador de futebol, mas também a missão de honrar a memória dos amigos que perderam a vida na tragédia do Ninho. ‘O mais importante é jogar, ter minutagem e mostrar meu futebol. Vim para o Atlético para me recolocar e continuar lutando’, afirmou. Sua trajetória é um exemplo de resiliência, superando maus bocados como a pandemia, a tragédia e a lesão de ligamento cruzado anterior. Felipe Cardoso segue em busca de novos desafios, provando que é possível renascer das cinzas.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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