Maré Alta disputa estatuetas do GLAAD, ignorando Emilia Pérez, com cenas polêmicas e dificuldades emocionais, mas reconhecimento internacional.
A indicação de ‘Maré Alta’ ao 36º GLAAD Media Awards é mais um reconhecimento ao esforço de inclusão de conteúdo LGBTQIA+ no cinema nacional. O filme é uma produção da Pipoca Moderna, que conta com a participação de figuras como Marco Pigossi, que já se destacou em títulos como ‘Cidade Invisível’ e estrela ao lado de Murilo Benício.
Com mais de 500 indicados, o 36º GLAAD Media Awards é organizado pelo GLAAD, uma instituição que luta pela igualdade LGBTQIA+, dedicando-se a promover a diversidade em mídia. Além de ‘Maré Alta’, outros filmes também foram indicados, como ‘Amor Sem Limites’, que conta com a atuação de Tony Dalton, em papel de Danny, e ‘A Nova Família Addams’, uma produção da Netflix que foca em uma família que enfrenta diversos desafios. A lista de indicados inclui uma grande variedade de títulos, desde filmes e Filme até programas de TV e revistas, abordando temas como identidade de gênero, orientação sexual e inclusão.
Oscar, GLAAD e a Batalha pela Representação LGBTQIA+
A premiação mais importante da comunidade LGBTQIA+ no cinema, TV e streaming é considerada o ‘Oscar LGBTQIA+’, promovida pela Gay & Lesbian Alliance Against Defamation. Este evento celebra as produções que mais se destacam em termos de representação e diversidade, trazendo para o centro das atenções as histórias que mais nos comovem.
Cinema e Reconhecimento Internacional
Um filme que se destaca nesse contexto é ‘Maré Alta’, fruto da habilidade do cineasta italiano Marco Calvani. Este longa-metragem conquistou o prêmio de Melhor Filme do Público no Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade de 2024 e participação na seleção oficial do Festival do Rio, demonstrando reconhecimento internacional. Com sua história intensa e polêmica, ‘Maré Alta’ conquistou o público e a crítica, tornando-se um nome a ser lembrado.
A Dificuldade Polêmica em ‘Maré Alta’
Com cenas quentes protagonizadas por Marco Pigossi, ‘Maré Alta’ gerou uma grande polêmica nas redes sociais, mas isso não foi o suficiente para tirá-lo do foco. A história segue Lourenço, um imigrante brasileiro nos Estados Unidos, enfrentando dificuldades emocionais e práticas, como o iminente vencimento de seu visto, após ser abandonado pelo namorado americano.
A Falha do GLAAD e o Prêmio Oscar
Mas, infelizmente, não todos os filmes LGBTQIA+ são bem recebidos. O filme ‘Emília Pérez’, com uma trama LGBTQIA+ e protagonizado por uma mulher trans, foi esnobado pelo GLAAD Media Awards, não recebendo nenhuma indicação. Isso gerou controvérsia, com a instituição criticando o longa em um artigo intitulado ”Emília Pérez’ não é uma boa representação trans’, classificando-o como ‘um passo para trás’ em termos de representatividade.
Estatuetas e Representação
Em novembro, a instituição criticou o longa em um artigo intitulado ”Emília Pérez’ não é uma boa representação trans’, classificando-o como ‘um passo para trás’ em termos de representatividade. O filme recebeu outras críticas por promover clichês negativos da transexualidade, com destaque para um texto filósofo e cineasta espanhol Paul B.Preciado, diretor de ‘Orlando, Minha Biografia Política’, no jornal El País. Preciado criticou duramente o filme. ‘Enquanto alguns já lustram as estatuetas do Oscar de ‘Emilia Pérez’, eu vim para queimar os Oscars e salvar todas as Emilias do México da violência da indústria cinematográfica’, escreveu.
As Estatuetas do Oscar
‘Carregado de racismo e transfobia, ‘Emilia Pérez’ reforça a narrativa colonial e patologizante não só da transição de gênero, mas também da cultura mexicana’, atacou. Com a premiação do Oscar cada vez mais prestigiada, a representação LGBTQIA+ continua a ser um tema de controvérsia.
Fonte: @ Nos
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