Atacadistas planejam plano de contingência para distribuir produtos a pequenos e médios comerciantes em regiões submersas com estradas danificadas.
Publicidade Logo após as fortes chuvas que causaram enchentes na capital gaúcha há duas semanas, Rubens Batista Jr., CEO do Grupo Martins, instruiu os colaboradores a elaborarem um plano de ação para auxiliar no Rio Grande do Sul, onde a companhia mantém duas unidades de distribuição – uma em Porto Alegre e outra em Erechim.
Em meio à crise, o grupo atacadista Martins se destacou por sua rápida mobilização e apoio à comunidade local. A atuação da empresa foi essencial para minimizar os impactos das enchentes, demonstrando seu comprometimento com a região e seus colaboradores.
Grupo Martins: Plano de Contingência em Pontos de Distribuição
Desde então, Batista tem se reunido com as equipes do grupo, composto por cerca de 15 funcionários nas áreas comercial e logística, para acompanhar de perto a situação no estado e definir as próximas etapas. Com regiões ainda submersas e estradas parcialmente destruídas, o abastecimento a pequenos e médios comerciantes se tornou desafiador para a empresa, que viu parte dos clientes dispensarem suas compras devido às condições inviáveis das lojas para receber produtos.
Mapeando as áreas afetadas com base em informações de instituições ligadas às autoridades, o grupo entrou em contato com os clientes para validar a necessidade de realizar ou não as entregas planejadas. Em alguns casos, os clientes não tinham local para receber os produtos ou o estabelecimento não existia mais, relata Batista em entrevista ao InfoMoney.
A melhora das condições climáticas levou a empresa a reforçar sua frota na região para atender ao aumento da demanda. O Grupo Martins, um dos principais atacadistas do Brasil, optou por realocar parte de sua frota de caminhões de Marília, interior de São Paulo, para o Rio Grande do Sul. Atualmente, são aproximadamente 20 caminhões, entre frota própria e agregada, envolvidos na distribuição no estado.
‘A ausência de frota própria na região nos levou a transferir veículos de São Paulo para reforçar as operações no Rio Grande do Sul’, destaca o executivo.
Embora não identifique grandes obstáculos logísticos para o abastecimento do setor atacadista no estado, Batista expressa preocupação com as micro e pequenas empresas locais, que representam cerca de 90% das vendas do grupo no Rio Grande do Sul.
‘Estamos estudando condições de pagamento especiais para a região, pois muitos clientes precisarão se esforçar para se reerguer’, afirma Batista. Além disso, o grupo está em negociação com indústrias para oferecer pacotes com condições especiais na compra de eletrônicos, como TVs e geladeiras, para os clientes afetados.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), demonstrou preocupação com a situação dos comerciantes locais atingidos pelas enchentes. Em pronunciamento recente, ele destacou a importância de apoiar os pequenos negócios afetados pela tragédia.
Após o período mais crítico da crise no estado, a Associação Gaúcha de Supermercados, a Agas, não demonstra preocupação. O Grupo Martins continua empenhado em implementar seu plano de contingência nos pontos de distribuição, visando apoiar os pequenos e médios comerciantes em regiões ainda impactadas pelas adversidades naturais.
Fonte: @ Info Money
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