As investigações continuam após identificação de envolvidos, com foco na punição do tribunal e na atuação da Delegacia de Homicídios e equipe do DHPP, além da presença de facções em locais como UPAs.
Uma investigação da Polícia Civil do Maranhão está em andamento após o registro da morte de Anderson da Conceição, de 23 anos, em Timon, na noite de segunda-feira (03). A vítima foi alvo de várias agressões e sucumbiu após ter sido socorrida a uma unidade hospitalar da região.
As autoridades policiais não deixaram de registrar que o crime de homicídio é investigado com todo o rigor necessário, com o intuito de saber quais as causas e motivações por trás do ocorrido. Ainda mais, o crime gerou uma grande comoção entre a população, que reivindica mais segurança e apoio ao poder público. De acordo com relatos de testemunhas, várias pessoas estariam envolvidas no crime e a polícia está trabalhando para identificar e capturar os responsáveis. A identidade dos envolvidos ainda não foi divulgada.
Crime sem fronteiras: motivação por punição arbitrária
A comunidade de Timon TV Antena 10 foi atingida por mais um caso de crime, levando em conta a suspeita de que o crime foi uma punição por uma infração cometida no bairro. Anderson da Conceição, que já tinha passagens pelo sistema de justiça, foi vítima do ‘tribunal do crime’, termo utilizado para descrever o julgamento arbitrário feito por facções.
De acordo com o delegado Otávio Chaves, do DHPP, a vítima saiu de casa e sua esposa ficou preocupada com sua demora em retornar. Quando ele finalmente voltou, encontrou-se bastante lesionado e com muitos ferimentos. Seu estado se agravou e ele foi socorrido para uma UPA, mas não resistiu à gravidade de seus ferimentos. Anderson da Conceição foi vítima de uma punição arbitrária, que levou sua vida embora.
O delegado Otávio Chaves explicou que as investigações apuraram que Anderson foi lesionado por um grupo de 5 a 6 pessoas, que alegam que ele teria cometido um ilícito no bairro. A punição do ‘tribunal do crime’ foi uma reação exagerada, já que a alegada infração de Anderson teria sido apenas roubo na quebrada, um crime que não justifica a punição com a vida.
Crime sem limites: envolvimento de facções no homicídio
As investigações seguem em andamento, e alguns envolvidos já foram identificados. O delegado Otávio Chaves destaca que as facções podem estar envolvidas no crime, com o objetivo de impor as suas regras no bairro. ‘Em breve teremos a qualificação de todos para que sejam responsabilizados por suas condutas. Infelizmente, é uma área tomada por uma determinada facção que tenta impor as suas regras lá’, completa o delegado.
Fonte: © A10 Mais
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