Ednilson de Oliveira exibiu machucado no calcanhar causado por um peixe na represa do Broa, em Itirapina, após mergulho.
Na tarde do último domingo, Ednilson de Oliveira, de 46 anos, se tornou uma das seis vítimas do ataque de piranhas que assolaram a Represa do Broa, localizada em Itirapina, interior de São Paulo.
Piranhas são conhecidas por seu potencial de causar ferimentos graves e, em alguns casos, até mesmo morte. O caso de Ednilson foi um exemplo disso, quando ele foi mordido no calcanhar enquanto nadava em águas da represa. O empresário recebeu atendimento médico no Hospital São José, localizado na cidade, após o acidente. Segundo relatos, o ataque de piranhas não teve antecedentes, sendo um evento isolado. No entanto, o perigo desses animais aquáticos é real, sem sinônimos para descrevê-los. Piranhas são conhecidas por seu comportamento agressivo, especialmente em números, e podem causar lesões severas em humanos. Neste caso, Ednilson escapou com vida, mas a experiência foi traumática. A população local expressou preocupação com a situação, destacando a necessidade de medidas de segurança para evitar futuros acidentes com piranhas.
Arredores da Represa do Broa em SP registram casos de ataque de piranha
O empresário Ednilson descreveu a situação como uma dor intensa e inesperada. ‘Eu estava com minha esposa e filho e, por volta das 16h, decidi entrar na água. Estava no raso, com a água pouca coisa acima do joelho quando, depois de alguns minutos, senti uma malignidade muito forte no calcanhar, como uma mordida mesmo. Não há sinônimos para o termo principal, piranha, em situações como essa. Quando levantei o pé vi uma piranha que em seguida pulou na água. Meu pé sangrou muito, tirou um pedaço da pele mesmo, enrolei uma toalha e fui para o hospital. Me disseram que não é o primeiro caso que aparece por lá’, contou ao g1.
Agora, o empresário está em tratamento, tomando anti-inflamatórios e antibióticos, além de curativos diários para prevenir infecções. ‘Agora é fazer o tratamento para não infeccionar’, lamentou ele.
O ataque não foi isolado, e havia outras vítimas no local. Mais vítimas do ataque de piranhas Entre sábado (25) e domingo (26), outras cinco pessoas também foram atacadas por piranhas enquanto nadavam na Represa do Broa. A maioria das vítimas eram turistas, e apenas um caso foi considerado mais grave, com uma pessoa mordida no dedão do pé. O atendimento foi realizado pela Defesa Civil, que encaminhou duas vítimas ao Hospital São José, enquanto as demais foram socorridas por meios próprios.
A designer de moda Ana Caroliny Diniz também foi uma das pessoas atacadas: ‘De repente, eu senti um ataque no meu pé e dei um grito. Ergui o meu pé e vi uma mordida. Rapidamente saí da água e chamei os bombeiros. Eles falaram que já tinha essa piranhas ali, mas deveriam ter colocado um aviso falando da profundidade que elas podem atacar’. A designer de moda foi vítima de ataque de piranha em SP.
A Prefeitura de Itirapina, em resposta aos ataques, está mapeando e sinalizando as áreas da represa com maior risco de presença de piranhas, especialmente durante a piracema, o período de reprodução da espécie. Segundo o professor de hidrobiologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Alberto Carvalho Peret, a espécie de piranha encontrada na Represa do Broa é a pirambeba, que não tem um comportamento agressivo como outras espécies.
‘Não há sinônimos para o termo principal, piranha, em situações como essa. Elas não são tão agressivas quanto as piranhas do Nordeste e se apresentam em cardumes pequenos de 3 a 20 .O comportamento delas é pegar filés de animais maiores, eles tiram pequenos pedaços e não atacam massivamente. Mordem e fogem, são mais mansas. Até o barulho de pessoas balançando a água, que simulam movimentos de peixes, atraem as piranhas’, explicou ao g1.
O professor de hidrobiologia também destacou que a presença da pirambeba aumentou na região devido à introdução de novas espécies de peixe, como o tucunaré, típico da bacia amazônica: ‘Todos sofrem com essa espécie de peixe, a pirambeba’.
Fonte: @ Hugo Gloss
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