Mulher de 81 anos com litopédio em UTI do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto. Quadro de sepse por gravidez ectópica. Recebe apoio psicológico.
Um feto calcificado foi encontrado no corpo de uma senhora de 81 anos durante uma visita ao Hospital Regional Dr. Francisco de Assis Fernandes, revelando que ela carregava o material estranho por muitos anos.
O feto se desenvolveu e se calcificou dentro do útero da idosa, tornando-se um verdadeiro bebê de pedra, ou seja, um litopédio, fenômeno raro que surpreendeu até mesmo os médicos especialistas na área.
Ocorrência rara de feto calcificado causa morte em idosa
José de Simone Netto, do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã (MS), faleceu após uma complicação decorrente de um feto calcificado. A paciente deu entrada na unidade apresentando infecção grave, resultado de uma queda que sofreu dias antes. A tomografia computadorizada revelou a presença do feto calcificado, conhecido como litopédio, fruto de uma gravidez ectópica que levou ao óbito fetal e à calcificação. O quadro se agravou rapidamente, culminando em uma infecção generalizada, levando a equipe médica a optar pela cirurgia de emergência para a remoção do feto e controle do processo infeccioso na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O caso lembra a história do ‘bebê de pedra’, um termo usado para descrever casos semelhantes, como o de uma idosa de 84 anos moradora de Natividade, no Tocantins, que descobriu ter um feto de sete meses calcificado em seu corpo por mais de 40 anos. O litopédio é uma situação incomum, ocorrendo em gravidezes ectópicas, onde o feto não pode se desenvolver no útero e acaba morrendo. Sem ser reabsorvido pelo organismo, o feto se calcifica, representando um caso muito raro, que pode passar despercebido pela paciente por anos.
A remoção imediata do feto é crucial para evitar complicações como as enfrentadas pela paciente no Hospital Regional Dr. José de Simone Netto. Infelizmente, a cirurgia não foi suficiente para evitar o desfecho fatal. A instituição lamenta a perda e oferece apoio psicológico para os familiares, destacando a importância do acompanhamento emocional em casos delicados como esse. A falta de conhecimento sobre a saúde íntima e o acesso limitado a serviços de saúde são fatores que contribuem para a ocorrência do litopédio em mulheres, especialmente aquelas com mais de 40 anos.
Reforçando a importância da conscientização sobre saúde reprodutiva e da busca por atendimento médico adequado, casos como os de feto calcificado podem ser prevenidos, evitando complicações graves e até mesmo fatais. A atenção aos sinais do corpo e a prontidão em buscar auxílio profissional são fundamentais para preservar a saúde e o bem-estar das mulheres em todas as fases da vida. A experiência dolorosa da paciente em Ponta Porã e de outras mulheres que enfrentam o litopédio ressalta a necessidade de uma abordagem cuidadosa e compassiva nos cuidados de saúde materna.
Fonte: © CNN Brasil
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