Moody’s identifica desaceleração econômica e volatilidade cambial como efeitos negativos das tarifas.
A situação econômica global está cada vez mais complexa, com o aumento do endividamento dos Estados Unidos gerando preocupações significativas. A agência de classificação de risco Moody’s, por exemplo, cortou a nota soberana de crédito do país, o que pode ter implicações negativas para a economia mundial. Nesse contexto, as tarifas aplicadas pelo governo de Donald Trump são um fator importante a ser considerado, pois podem afetar a competitividade das empresas e a estabilidade econômica de países emergentes. Além disso, as tarifas também podem influenciar a forma como os investidores percebem o risco de investir em mercados emergentes.
É fundamental entender que as tarifas são apenas uma parte do quadro econômico mais amplo, que inclui também impostos, taxas e tributos. Esses encargos podem ter um impacto significativo na economia de um país, especialmente se forem altos e desproporcionais. Além disso, as tarifas podem ser usadas como uma ferramenta de política econômica para proteger a indústria nacional, mas também podem levar a uma guerra comercial, com consequências negativas para a economia global. Em resumo, as tarifas são um fator importante a ser considerado, mas não devem ser vistas isoladamente, pois fazem parte de um conjunto mais amplo de encargos que afetam a economia de um país. É preciso ter cuidado ao avaliar as implicações das tarifas e impostos sobre a economia. A estabilidade econômica é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento de um país.
Impacto das Tarifas na Economia Global
As tarifas impostas pelos governos têm um impacto significativo na economia global, afetando especialmente os países com forte dependência de exportações, reservas cambiais limitadas ou posições fiscais frágeis. De acordo com a Moody’s, os efeitos indiretos negativos das tarifas se espalham, causando desaceleração econômica, queda nos preços das commodities, desvalorização cambial e aumento da aversão ao risco, atingindo uma gama mais ampla de emissores de dívida e afetando a estabilidade econômica e o ambiente de crédito global. Além disso, as impostos, taxas, tributos e encargos também são afetados pelas tarifas, o que pode levar a uma redução na confiança e na qualidade do perfil de crédito das empresas e dos consumidores.
As empresas que dependem diretamente das exportações para os EUA, especialmente nos setores automotivo, químico e de manufatura, enfrentam os maiores riscos devido às tarifas. O setor portuário, por sua ligação direta com o comércio internacional, é o mais exposto dentro da infraestrutura. Já os bancos enfrentam riscos por meio da deterioração da qualidade de crédito de seus clientes e da volatilidade cambial, que pode causar perdas financeiras para muitos bancos de mercados emergentes com mais ativos do que passivos em moeda estrangeira. As taxas de juros também são afetadas pelas tarifas, o que pode reduzir a rentabilidade dos bancos.
Análise da Moody’s sobre as Tarifas
A Moody’s identifica três principais canais pelos quais as tarifas impactam os emissores de dívida em países emergentes: Comércio Direto, Condições Macroeconômicas e Mercados Financeiros. As impostos, taxas, tributos e encargos também são considerados na análise, pois podem afetar a estabilidade econômica e o ambiente de crédito global. A desaceleração econômica, queda nos preços das commodities, desvalorização cambial e aumento da aversão ao risco são alguns dos efeitos negativos das tarifas. Além disso, a volatilidade cambial pode causar perdas financeiras para muitos bancos de mercados emergentes.
O México é a economia latino-americana mais exposta às tarifas dos EUA, dado o volume de comércio entre os dois países. No entanto, cerca de metade das exportações do México não estão sujeitos a tarifas. Outras economias da região não dependem muito do comércio com os EUA para crescerem, mas o país e a China são os maiores parceiros comerciais de muitas nações latino-americanas. Mais de um terço das exportações totais do Chile e do Brasil vai para a China, por exemplo. E o Brasil e a Argentina exportam aço e alumínio, que estão sujeitos a tarifas de 25%, para os EUA. As impostos, taxas, tributos e encargos também são considerados na análise, pois podem afetar a estabilidade econômica e o ambiente de crédito global.
Conclusão da Moody’s sobre as Tarifas
A Moody’s conclui que, mesmo com possíveis acordos comerciais em andamento, a reversão completa das tarifas é improvável. A incerteza contínua em torno da política comercial dos EUA continuará a pressionar os mercados emergentes, exigindo atenção redobrada de emissores, investidores e formuladores de políticas. As tarifas terão um impacto significativo na economia global, afetando especialmente os países com forte dependência de exportações, reservas cambiais limitadas ou posições fiscais frágeis. Além disso, as impostos, taxas, tributos e encargos também serão afetados pelas tarifas, o que pode levar a uma redução na confiança e na qualidade do perfil de crédito das empresas e dos consumidores. A desaceleração econômica, queda nos preços das commodities, desvalorização cambial e aumento da aversão ao risco são alguns dos efeitos negativos das tarifas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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