Atleta foi alvo de operação da Polícia Federal no último dia 5, com mídias apreendidas, documento reforçar caráter íntegro, mas lance em questão levanta inverossimilhança da tese.
A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, solicitou ao juiz o arquivamento da investigação levantada contra seu cliente. Os advogados argumentaram que não houve evidências concretas de manipulação durante o jogo contra o Santos em novembro de 2023. A investigação foi iniciada após suspeitas de fraude e manipulação.
No entanto, em uma reunião com o juiz, os advogados do jogador apresentaram uma série de argumentos para que o caso fosse arquivado. Eles destacaram que a investigação foi baseada em acusações vazias e que não houve provas concretas de engano ou manipulação em jogo. Além disso, os advogados também questionaram a legitimidade da operação policial que apreendeu os celulares e outras ‘mídias’ de Bruno Henrique e sua família. Eles argumentaram que a ação foi excessiva e que não houve justificativa para a apreensão de tela. O juiz ainda não decidiu sobre o pedido de arquivamento da investigação.
Investigação sobre Bruno Henrique, do Flamengo, é reforçada por defesa
A defesa de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, vem a público reforçar a integridade do atleta em relação a uma investigação sobre suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023. A argumentação principal é de que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) arquivou o caso em 2024, rechaçando qualquer hipótese de Bruno Henrique ter tomado cartão amarelo de forma premeditada.
Evidências questionáveis
Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta, a defesa vem a público reforçar o caráter íntegro de Bruno Henrique. A defesa também questiona as evidências apresentadas pela Polícia Federal, afirmando que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia, o que não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.
Investigação já arquivada
É de se ressaltar que o caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta. Além disso, o tribunal destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.
Ação contra as casas de apostas
A defesa também protocolizou pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). A defesa alega que nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado.
Consequências
Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas. A defesa espera que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada.
Posição do atleta
O próprio Bruno Henrique afirmou ser inocente e se emocionou ao abordar o assunto. ‘Sim, sou inocente. Recebi (a operação) de uma forma agressiva. Não esperava da forma que foi, mas eu acredito na justiça lá de cima. Deus é um cara que sempre sabe. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol. Deus sempre foi comigo. E, cara, eu estou tranquilo em relação a isso’ disse ele, em entrevista ao Troca de Passes, do sportv.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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