Acusações de conflito de interesse e serviços de proteção de crédito em ação de responsabilidade no setor bancário.
O Itaú Unibanco lança uma ação cível contra o ex-diretor financeiro do banco Alexsandro Broedel e o professor de contabilidade Eliseu Martins, em busca de recuperar R$ 3,350 milhões em valores que foram desviados por meio de fraudes contábeis. A empresa busca aplicar as leis de responsabilidade para assegurar a devolução dos valores.
O Itaú Unibanco é uma das principais empresas de serviços financeiros do país, com um _Banco_ com rede de atendimento em todo o território nacional e Itaú como marca de banco mais reconhecida pelo _executivo_ da empresa. O banco, em seu esforço para manter a transparência e a segurança dos negócios, desenvolveu uma estrutura sólida que visa evitar fraudes e garantir que todos os negócios sejam transparentes e legais.
Itaú lança ação de responsabilidade contra ex-diretor e professor de contabilidade
O Itaú afirma que Alexsandro Broedel, ex-diretor financeiro da empresa, recebeu indevidamente valores pagos pelo banco a Eliseu Martins por serviços de consultoria prestados ao longo de cinco anos, entre 2019 e 2024. Esses serviços foram aprovados pessoalmente por Broedel, o que configuraria conflito de interesse, de acordo com o conglomerado. Broedel e Martins são sócios em uma empresa desde 2012, relacionamento que não foi declarado pelo ex-diretor ao banco ao longo do período em que ele exerceu a função.
O banco afirma que Broedel recebeu cerca de 40% dos valores recebidos pelo banco por estes serviços, através de transferências feitas da empresa contratada pelo Itaú a outras, geridas pelos filhos de Martins, que depois faziam envios à Broedel Consultores, empresa em que Broedel e Martins são sócios. A estrutura dos atos, de acordo com os advogados, deixa claro que os atos foram deliberados. Eles alegam que o banco pediu aos envolvidos explicações sobre a natureza das transferências, mas que ‘a legitimidade e legalidade das condutas dos réus jamais foram demonstradas’.
A ação informa ainda que os atos de Broedel foram descobertos após revisões dos controles internos, feitas depois que o executivo deixou o banco, em meados do ano passado. Broedel saiu do Itaú após aceitar um cargo na diretoria do Grupo Santander, na Espanha, que ele ainda não assumiu devido ao período de transição. O Itaú interrompeu o ‘garden leave’ (período de não-concorrência) do ex-diretor após as descobertas.
Além de trabalhar junto com Broedel, Martins fazia empréstimos recorrentes de recursos ao ex-diretor, de acordo com a defesa do Itaú, fator que reforçaria o suposto conflito de interesse e a violação de normas do banco. Na ação, os advogados afirmam que o banco apurou que o ex-executivo tinha situação financeira incompatível com o cargo que exercia. Essa informação toma como base levantamentos feitos junto a serviços de proteção de crédito, e também a bases judiciais públicas.
Eles elencam ações de dois bancos, Bradesco e Safra, que foram à Justiça para cobrar dívidas de Broedel. No primeiro caso, segundo eles, ele admitiu não ter condições de pagar o valor à vista. Em ambos, fechou acordos para quitar os débitos em parcelas. Além disso, a Prefeitura de São Paulo também entrou com processo contra a Broedel Consultores, de natureza fiscal. Os processos dos dois bancos foram ajuizados em 2022. O processo da Prefeitura contra a Broedel Consultores foi ajuizado em 2023, com suspensão naquele mesmo ano após um pedido de parcelamento por parte da empresa, e retomada no ano passado diante do não-pagamento das parcelas.
Ex-diretor rebate acusações do Itaú
O ex-diretor Financeiro do Itaú Unibanco, Alexsandro Broedel, voltou a afirmar que as acusações feitas pelo banco contra ele são infundadas, e que buscará a Justiça. O Itaú entrou com ação de responsabilidade contra Broedel e o professor de contabilidade Eliseu Martins pedindo ressarcimento por suposto conflito de interesse e violação de normas do banco.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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