Desembargador José Rodrigo Sade pede tempo para avaliar relatório poderoso sobre Mandato de Moro e ações do PL na Democracia Paranaense Eleitoral.
O julgamento, que pode definir o futuro do senador Sergio Moro, foi adiado para a próxima semana devido a um pedido de vista do desembargador José Rodrigo. A expectativa é que a decisão final seja tomada na próxima quarta-feira (3) em uma sessão que promete ser intensa.
Além disso, a auditoria dos documentos apresentados durante o julgamento está sendo realizada para garantir a transparência e a lisura de todo o processo. A equipe responsável pelo trabalho afirma que todos os detalhes estão sendo minuciosamente analisados para evitar possíveis erros ou equívocos.
Julgamento do Desembargador José Rodrigo Sade
O pedido foi feito depois que o relator do caso, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, apresentou o relatório por duas horas nesta segunda-feira (1º).Sade elogiou a democracia paranaense eleitoral e afirmou que os debates apresentados ao longo do julgamento foram de ‘alto nível’.
Ele chamou o relatório apresentado de ‘muito poderoso, muito minucioso’, e por isso se viu obrigado a pedir vista. Sergio Moro A10+ Seja qual for o resultado do julgamento no TRE, a palavra final deverá ser do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Democracia Paranaense Eleitoral e Pedido de Vista
Caso a Justiça Eleitoral decida pela cassação de Moro, uma eleição suplementar deve ser marcada para escolha de um novo senador do Paraná, que vai ocupar o cargo até 2030.Em entrevista à Record News, nesta segunda-feira (01), o professor de direito constitucional da UFF (Universidade Federal Fluminense), Gustavo Sampaio apontou que o julgamento sobre cassação de mandato do senador do Paraná, Sérgio Moro, pode deixá-lo inelegível até o máximo de oito anos, perdendo as eleições de 2024, 2026 e 2028.
Relatório Poderoso e Ações do PL
Entenda a ação contra MoroO julgamento na Justiça Eleitoral que pode levar à cassação do mandato de Moro é um desdobramento de ações do PL e da Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV.
Os partidos acusam o ex-juiz de abuso de poder econômico por conta de gastos pré-eleitorais de Moro entre 2021 e 2022, período em que ele se apresentava como pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos.
Entrevista à Record News e Gastos Pré-eleitorais
A candidatura ao Palácio do Planalto não prosperou, e Moro migrou para o União Brasil para concorrer a deputado federal por São Paulo.
A troca de domicílio eleitoral, de Curitiba para a capital paulista, foi barrada pela Justiça Eleitoral e ele acabou se lançando candidato a senador pelo Paraná, sendo eleito com 1,9 milhão de votos.
Ações que apontam que os gastos e a estrutura da pré-campanha à presidência foram ‘desproporcionais’ e acabaram rendendo ao ex-juiz uma vantagem decisiva sobre qualquer outro candidato ao Senado no Paraná.
Mandato de Moro e Prestações de Contas Eleitorais
A defesa do senador considera que a arrecadação de recursos e as despesas na pré-campanha não precisam ser submetidas às prestações de contas eleitorais. No início de dezembro Moro disse em depoimento ao TRE-PR que as alegações dos partidos devem ser ‘descartadas’.
Segundo ele, não há comprovação de abuso de poder econômico na campanha de 2022.O senador afirmou estar ‘profundamente ofendido’ com ações movidas pelo PL e pelo PT. ‘Me sinto violado quando as partes alegam que meus gastos com segurança deveriam ser considerados para cassação do meu mandato.
Fonte: © A10 Mais
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