Mudanças climáticas alteram chuvas no País, Administração Oceânica
O fenômeno climático La Niña trouxe consigo uma série de mudanças nos padrões de chuva em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil. Com a sua chegada, muitas áreas experimentaram um aumento significativo na quantidade de chuva, o que foi especialmente notável em estados como São Paulo, onde os registros de dias chuvosos foram frequentes. A La Niña é conhecida por seus efeitos profundos no clima global, e sua presença foi sentida de forma marcante em muitas partes do planeta.
Agora que a La Niña chegou ao fim, de acordo com a confirmação da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) na quinta-feira, 10, os cientistas estão atentos para os possíveis efeitos do fenômeno climático que pode surgir em seu lugar. Um dos principais concorrentes a influenciar o clima global é o El Niño, que é conhecido por trazer condições de seca e calor em muitas regiões. É importante monitorar esses fenômenos para entender melhor como eles afetam o clima e a vida na Terra. A previsão climática é fundamental para que possamos nos preparar para as mudanças que podem ocorrer em decorrência da La Niña e de outros fenômenos climáticos, como o El Niño.
Introdução ao Fenômeno Climático
De acordo com o novo boletim, o Oceano Pacífico voltou a apresentar condições de neutralidade em março deste ano, o que significa que, no momento, não há nem La Niña nem El Niño influenciando o clima global — uma situação chamada de fase neutra. Isso é um indicativo de que o fenômeno climático está passando por uma mudança significativa. A empresa de meteorologia Climatempo afirma que as temperaturas do mar na região central do Pacífico, anteriormente abaixo da média, normalizaram, e as alterações nos ventos e nas nuvens indicam o fim da influência da La Niña.
Análise da Fase Neutra
A previsão é que essa fase neutra continue pelos próximos meses, com mais de 50% de chance de persistir até o trimestre entre agosto e outubro. A Climatempo destaca que os efeitos do fenômeno climático La Niña, que foi confirmado em dezembro do ano passado, estavam sendo acompanhados pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). No entanto, para o segundo semestre do ano, os modelos de previsão climática ainda mostram bastante incerteza, com uma chance de 38% de a La Niña voltar, e menos de 20% de termos um novo El Niño. Isso é um exemplo de como as mudanças climáticas podem afetar o padrão climático e a forma como as chuvas se distribuem.
Impactos no Brasil
Essa mudança no padrão do Pacífico pode alterar a forma como as chuvas se distribuem no Brasil. Com o término da La Niña, o padrão climático do Brasil muda, tornando-se mais instável e irregular. Durante a La Niña, é comum que o Sul do País fique mais seco, enquanto o Norte e o Nordeste recebem mais chuva. No entanto, com o fim do fenômeno climático La Niña, esse padrão começa a perder força, e o Sul, por exemplo, pode ter períodos de chuva e seca se alternando com mais frequência. Enquanto isso, a expectativa é que as regiões Norte e Nordeste observem leve diminuição das chuvas nos próximos meses, o que pode ser um exemplo de como as mudanças climáticas podem afetar a distribuição de chuvas no país.
O que é o La Niña?
O La Niña consiste no resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do Pacífico equatorial, especialmente na sua região central e oriental. Ele causa mudanças na circulação atmosférica tropical, incluindo os ventos, a pressão e os padrões de chuva. Geralmente, anos sob influência do La Niña são mais frios, enquanto os de El Niño são mais quentes. No entanto, as mudanças climáticas têm bagunçado a influência dos fenômenos climáticos, tornando mais difícil prever como eles afetarão o clima global. A Administração Oceânica e a NOAA estão trabalhando juntas para entender melhor o comportamento dos oceanos e da atmosfera, e como as mudanças climáticas afetam o padrão climático e a distribuição de chuvas no Brasil. Além disso, é importante considerar as condições de neutralidade e a fase neutra, que podem ter um impacto significativo no clima global e nas mudanças climáticas.
Fonte: @ Terra
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