Mansão de Hebe Camargo vai a leilão judicial após dívida milionária.
A mansão localizada no Morumbi, que foi o lar da apresentadora Hebe Camargo por mais de duas décadas, finalmente será submetida a um leilão após anos de disputas familiares e imbróglios. A propriedade, conhecida como ‘Casa da Hebe’, está atualmente penhorada por determinação judicial e será levada a um leilão com um lance mínimo de R$ 8,6 milhões, o que pode ser considerado um valor muito alto.
No entanto, o leilão não é a única opção para a venda da propriedade, pois também pode ser realizada uma hasta pública ou uma venda forçada, dependendo das circunstâncias. Além disso, a arrematação da propriedade pode ser um processo complexo e demorado, envolvendo várias partes interessadas e negociações difíceis. É importante notar que o leilão é uma opção que pode ser mais rápida e eficaz para resolver a situação, mas também pode ser muito arriscada se não for bem planejada. Em qualquer caso, a venda da ‘Casa da Hebe’ é um evento muito esperado e pode ser um momento importante para a família e os fãs da apresentadora.
Leilão de Propriedade de Luxo
A propriedade de 2,2 mil m² de área total e 962 m² de área construída, construída na década de 1970, foi palco de festas luxuosas e midiáticas no passado, mas hoje vai a leilão por causa de uma ação movida pela empresa WV Soluções Logísticas Ltda. contra empresas do grupo Ravagnani, ligadas ao enteado de Hebe, Lélio Ravagnani Filho. O processo, iniciado em 2005, envolve uma dívida milionária decorrente de um contrato de importação de locomotivas, explica Kevin de Sousa, advogado especialista em direito imobiliário e privado. A propriedade já foi a leilão em diversas outras oportunidades, mas não foi arrematada.
Processo de Execução Forçada
Como houve inadimplência e esgotamento das tentativas de pagamento voluntário, o processo evoluiu para a fase de execução forçada, quando o Judiciário determina a penhora de bens do devedor para satisfazer o crédito, contextualiza Sousa. O procedimento, previsto no Código de Processo Civil (art. 831), é executado quando o devedor não paga o valor executado e não oferece garantias de pagamento. A determinação da justiça é que o imóvel seja leiloado pelo valor de R$ 8.681.549,69, e, caso não haja arrematante, entre os dias 16 de maio e 5 de junho, o imóvel volte a leilão por 50% do valor, conforme autorizado pela Justiça. Isso demonstra um fenômeno comum em leilões de bens de alto valor: a dificuldade de liquidez, especialmente quando há uma venda forçada ou uma hasta pública.
Problemas Estruturais e Dívidas
A casa enfrenta uma série de problemas causados pelo abandono, como jardins mal cuidados e móveis danificados. Além disso, a propriedade possui uma dívida de IPTU de mais de R$ 1,5 milhão, que será atualizada e quitada com o produto da venda. O anúncio também aponta que o bem está ocupado e o processo de desocupação fica por conta do arrematante. Esta não é a primeira vez que o imóvel vai a leilão. A primeira tentativa aconteceu em outubro de 2024, mas na época o bem não recebeu lances válidos. Desta vez, o leilão ocorrerá em duas praças, com a possibilidade de uma hasta pública ou uma venda forçada, e o imóvel só poderá ser vendido por valor igual ou superior ao da avaliação, ou com um lance mínimo de até 50% do valor da avaliação, em um leilão judicial. Mesmo imóveis famosos e com apelo histórico enfrentam obstáculos, como dívidas associadas ao bem, deterioração física, alto valor de avaliação e exigência de pagamento à vista e sem garantia de financiamento direto, o que pode levar a uma arrematação ou uma venda forçada.
Fonte: © Estadão Imóveis
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