Loja de liquidação do Walmart não se pronuncia sobre possível erro de funcionários. Advogado sugere procedimentos internos para itens perdidos, como cobertura de custos com recompensa.
A dor de cabeça de uma loja, quando um cliente reclama de ter encontrado um produto faltando em sua última compra, e ao verificar, descobre que ele estava à venda em destaque na loja.
De acordo com relatos feitos pela internauta Devin Montes nas redes sociais, ela havia perdido um cobertor durante uma ida anterior ao estabelecimento e ao retornar, ficou chocada em encontrar o mesmo cobertor à venda, em destaque, na mesma loja onde havia perdido o produto anteriormente.
Loja é vista como ‘insignificante’ em vídeo do Walmart
Em um vídeo que rapidamente virou viral na última terça-feira (17/12), a influenciadora Devin Montes compartilhou uma experiência desafiadora relacionada à loja estabelecimento do Walmart. Ela exibe um cobertor cinza em uma prateleira do Walmart, destacando a etiqueta de liquidação com o valor de US$ 7 (R$ 42). ‘Olha como a loja é insignificante’, disse ela no início da gravação. Na sequência, ela ironiza: ‘Agora eu tenho que roubar minhas próprias coisas de vocês?’ A experiência gerou uma grande repercussão, com diversos internautas compartilhando experiências similares.
De acordo com o vídeo, Devin perdeu o cobertor da Ella, sua filha, em uma das lojas do Walmart. Ela encontrou o cobertor novamente em uma prateleira do Walmart, etiquetado como item de liquidação. ‘Lembra que eu disse que perdi o cobertor da Ella aqui? Por que eles o pegaram, etiquetaram e colocaram no corredor de liquidação?’ Continuar lendo
Os internautas foram unânimes em expressar surpresa e indignação com a situação. Alguns relataram que encontraram seus pertences, como carteiras e brinquedos, sendo vendidos em lojas do Walmart, ainda com os cartões ou etiquetas originais. Outros compartilharam teorias sobre como os itens poderiam ter sido parar nas prateleiras, incluindo a possibilidade de erros no sistema da loja ou a falta de procedimentos internos adequados para lidar com os itens perdidos.
Um funcionário do Walmart se manifestou, oferecendo explicação sobre os procedimentos internos da loja. ‘Trabalho no Walmart. Se o item for escaneado no sistema, não temos como saber se foi comprado ou se alguém arrancou as etiquetas. Por isso, reetiquetamos para colocá-lo à venda.’
A situação levanta a questão de como as lojas podem proceder em casos de itens perdidos. No Brasil, a legislação determina que as empresas que encontram itens perdidos devem devolvê-los ao proprietário ou legítimo possuidor no prazo de 15 dias. Caso isso não ocorra, a prática pode ser considerada crime, como explica Marco Antônio Pascoali, advogado em Direito Empresarial no Schiefler Advocacia.
‘De acordo com a legislação vigente, uma empresa é obrigada a restituir o bem ao dono ou entregá-lo à autoridade competente. A venda desses itens como mercadoria viola o dever legal de devolução e pode configurar o crime de ‘apropriação de coisa achada’, previsto no Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa.’
A legislação também prevê que a empresa tenha direito a uma recompensa de até 5% do valor do item, somada aos custos de manutenção, caso consiga devolver o bem ao proprietário. ‘O bem deve ser guardado em local seguro, protegido contra danos ou extravios, até que seja possível devolvê-lo ou transferi-lo às autoridades competentes,’ diz Pascoali.
Fonte: @ PEGN
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