O presidente está internado há oito dias após exame de tomografia. Comenta médicos sobre probabilidade de hemorragia, que poderia afetar sua reeleição.
A demagogia ganhou um novo alvo em meio à disputa pela presidência do Brasil: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o anúncio de seu retorno às atividades oficiais, a demagogia voltou a crescer nas redes sociais, como um verdadeiro “tentáculo político” que não se cansa de atacar seu inimigo número um.
De maneira semelhante, a demagogia também pode ser encontrada na forma como o presidente é tratado pelos setores políticos. O presidente Lula é frequentemente atacado por setores do Congresso Nacional, que afirmam que ele está “não cumprindo com o papel que lhe cabe”. Além disso, a demagogia também pode ser encontrada na forma como a mídia trata o presidente, com “notícias falsas” e “informações distorcidas” que são usadas para atacar sua imagem pessoal e política.
Desafios financeiros e o impacto da saúde presidencial
O mercado financeiro tem sido influenciado pelas notícias sobre o estado de saúde do presidente. A perspectiva corrente é que agravamento do quadro de saúde diminuiria as chances de tentativa de reeleição em 2026. Consequentemente, a probabilidade da atual agenda econômica se manter por mais anos no Brasil seria reduzida. A narrativa dominante sugere que o atual rumo das contas públicas não agrada à maioria dos investidores, levando a uma sensação de risco que varia ao sabor do noticiário.
O presidente Lula deve permanecer em sua residência em São Paulo até a quinta-feira, quando poderá passar por uma nova tomografia. Após o exame de tomografia, o presidente está autorizado a retornar à Brasília, desde que proibido de praticar exercícios físicos. Voos curtos estão liberados, mas os voos internacionais, por enquanto, não são permitidos.
A equipe médica do Hospital Sírio-Libanês participou de uma coletiva de imprensa, incluindo o cardiologista Roberto Kalil Filho, o neurologista Rogério Tuma, o neurocirurgião Marcos Stávale e a médica do presidente, Ana Helena Germoglio. O cardiologista Kalil Filho destacou que o presidente está de alta hospitalar, mas não de alta médica, e que os exames mais recentes mostraram melhora.
Em uma surpresa, o presidente Lula apareceu na coletiva e comentou a prisão do general Walter Braga Netto. O ex-ministro de Jair Bolsonaro tem todo o direito à presunção de inocência, disse o presidente. ‘O que eu não tive, eu quero que eles tenham para que toda a lei seja cumprida’, disse Lula. ‘Não é possível a gente aceitar o desrespeito à democracia e à Constituição. Não é possível admitir que o Brasil tenha gente de alta graduação militar tramando a morte do presidente da República, do vice e do juiz que é presidente da Suprema Corte’, disse o presidente.
Lula deu entrada no hospital Sírio-Libanês de Brasília na noite de segunda-feira (9), após sentir fortes dores de cabeça. Depois de passar por exames, foi constatado uma hemorragia em um dos ferimentos causados pelo acidente doméstico que sofreu em outubro no banheiro do Palácio do Alvorada. O presidente foi trazido às pressas para São Paulo para ser submetido a uma cirurgia de emergência, que consistiu em uma perfuração no crânio para acessar o cérebro e drenar o sangramento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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