Fundador Xu Jiayin multado em US$ 6,5 milhões e banido do mercado chinês por fraude financeira. CSRC investiga crimes de vendas falsificadas e lucro líquido irregular.
A fraude financeira é um crime que envolve a manipulação de informações ou documentos com o intuito de obter vantagens fraudulentas, prejudicando investidores, acionistas e a economia como um todo. Esse tipo de fraude pode ocorrer em diversos setores, como mercado de capitais, instituições financeiras e empresas de diversos portes.
Além da fraude financeira, outra prática ilegal que merece destaque é a fraude contábil, que consiste na manipulação dos registros contábeis de uma empresa com o objetivo de apresentar uma imagem distorcida de sua real situação financeira. Essa prática pode trazer prejuízos enormes para todos os envolvidos, inclusive para a empresa em questão, que pode perder credibilidade no mercado e sofrer consequências legais graves. Portanto, é fundamental estar atento a esses tipos de fraudes e buscar formas de prevenção e combate eficazes.
Reguladores da China acusam Evergrande de maior fraude financeira da história do país
Os reguladores da China acusaram a Evergrande e o seu fundador de inflacionar suas receitas em US$ 78 bilhões, colocando o caso da imobiliária como o maior caso de fraude financeira da história do país.A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) impôs uma multa de 4,175 bilhões de yuans (US$ 580 milhões) à Hengda Real Estate, a principal unidade chinesa do grupo, informou a empresa em documentos apresentados à Bolsa de Valores de Shenzhen na segunda-feira (19).Xu Jiayin, fundador e presidente do Grupo Evergrande, foi multado em 47 milhões de yuans (US$ 6,5 milhões) pela fraude e outras supostas violações.Anteriormente o homem mais rico da China, Xu também foi banido dos mercados de valores mobiliários para sempre.As descobertas foram reveladas após uma investigação de oito meses pelo CSRC.
Leia Mais Governo sanciona indústrias asiáticas e quer abrir ‘caixa de ferramentas’ contra prática ilegal Anunciantes no TikTok vão procurar rivais caso Senado dos EUA avance com projeto de proibição Montadoras chinesas abrem fábricas no exterior para driblar restrições Em 2023, a investigação já havia entrado na rota das negociações de reestruturação da dívida da Evergrande com seus detentores de títulos estrangeiros, porque a empresa não pôde emitir novas notas, de acordo com um comunicado da empresa divulgado em setembro.Dias depois, a Evergrande disse que o seu presidente foi detido pelas autoridades chinesas sob suspeita de ‘crimes’.
Em janeiro de 2024, um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação da imobiliária.No documento de segunda-feira, a Hengda disse que a CSRC acusou a empresa de várias violações, incluindo inflar as vendas nos seus relatórios financeiros, basear-se nestes números alegadamente falsificados para vender títulos e não divulgar informações relevantes conforme necessário.O regulador disse que a Hengda fabricou 214 bilhões de yuans (US$ 30 bilhões) em vendas em 2019, o que representou metade da receita daquele ano.Outros 350 bilhões de yuans (US$ 48,6 bilhões) em vendas em 2020, representando 78% da receita, também foram falsificados.Como resultado, o lucro líquido de 2019 foi inflacionado em 63% e o lucro líquido de 2020 em 87%, afirmou.A alegada fraude, no valor total de 564,1 bilhões de yuans (US$ 78 bilhões) ao longo de dois anos, é o maior caso de fraude financeira da história dos mercados de valores mobiliários da China continental, de acordo com declarações regulamentares anteriores e relatórios da mídia estatal.Além das penalidades impostas a Hengda e Xu, seis outros executivos foram multados pela CSRC por serem ‘diretamente responsáveis’.Assim como Xu, Xia Haijun, ex-vice-presidente e CEO do Grupo Evergrande, foi banido dos mercados de valores mobiliários do país.’Xu Jiayin tomou decisões, organizou e implementou a fraude financeira.
Xia Haijun organizou e preparou os relatórios financeiros falsificados. Os seus meios eram muito maus e as circunstâncias eram graves’, disse o regulador.
Multa imposta à Evergrande por fraude financeira
Detalhes revelados após investigação de oito meses pelo CSRC, apontam que a CSRC impôs uma multa de 4,175 bilhões de yuans (US$ 580 milhões) à Hengda Real Estate, principal unidade chinesa do grupo Evergrande. O fundador e presidente do Grupo Evergrande, Xu Jiayin, também recebeu uma multa de 47 milhões de yuans (US$ 6,5 milhões) por fraude e outras violações. Essas práticas inflacionaram as vendas nos relatórios financeiros da empresa.
As violações incluíram inflar as vendas, utilizar números falsificados para vender títulos e não divulgar informações relevantes. A fraude resultou em um total de 564,1 bilhões de yuans (US$ 78 bilhões) ao longo de dois anos, sendo assim o maior caso de fraude financeira na história dos mercados de valores mobiliários da China continental. Executivos, incluindo Xu Jiayin e Xia Haijun, receberam penalidades e foram banidos dos mercados de valores mobiliários chineses.
Fonte: © CNN Brasil
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